BRASÍLIA - Com a redução nas
tarifas de energia elétrica realizada pelo governo no início do ano, a conta de
luz residencial no Brasil passou a ser a quarta mais barata em um ranking de 18
países divulgado nesta sexta-feira pela Associação Brasileira de Distribuidores
de Energia Elétrica (Abradee).
Segundo
o estudo, com a redução média de 20 por cento autorizada em janeiro -
consequência da redução de encargos setoriais e da diminuição de tarifas de
geração e transmissão de ativos que tiveram os contratos de concessão
prorrogados - a tarifa média residencial brasileira, sem impostos, saiu de 18,2
dólares por kilowatt/hora (kWh) para 14,9 dólares o kWh.
A
queda fez com que o país saísse da 12a posição no ranking das menores tarifas
de energia residencial para o quarto lugar, atrás apenas de Estados Unidos,
França e Finlândia.
No
caso do preço da energia para as indústrias, o Brasil passou da 14a posição,
com 13,9 dólares por kWh (sem impostos) para a oitava tarifa mais barata, com
11,3 dólares o kWh.
A
Abradee informa, entretanto, que o ranking considera a base de dados
internacional de 2012 e as tarifas brasileiras em janeiro de 2013, logo após a
revisão extraordinária anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel). Ou seja, não leva em conta os reajustes de tarifa aplicados ao longo
de 2013.
"Só
podemos fazer a comparação com 2013 quando tivermos os estudos internacionais
publicados", disse o presidente da Abradee, Nelson Fonseca Leite.
O
estudo da Abradee foi feito com base em dados da Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel), Agência Internacional de Energia e EuroStat (provedor de
informações estatísticas da Comunidade Europeia).
Leite
disse que o período de chuvas 2013/2014 tende a ser mais favorável do que o do
ano passado, o que deve contribuir para uma situação mais estável nas tarifas
em 2014.
Se
as chuvas, de fato, colaborarem e mantiverem os reservatórios das hidrelétricas
em bom nível, não será necessário - como ocorreu em 2013 - acionar usinas
térmicas mais caras.
Apesar
de admitir que a situação dos reservatórios do Nordeste é menos favorável,
Leite disse que as previsões para as chuvas na região são positivas. "E
nós teremos no Nordeste, nos próximos anos, a entrada de várias usinas eólicas
e a possibilidade de ter excedente hidráulico do Sudeste e do Norte que pode
ser transferido", disse.
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