Os promotores
de justiça de São Domingos do Maranhão, Aarão Lima Castro, e de Santo Antônio
dos Lopes, Júlio Aderson Magalhães Segundo, reuniram-se na última quarta-feira,
18, com o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Marcos Affonso Junior.
No encontro, os representantes do MPMA reivindicaram medidas para conter a
violência nos municípios e ampliar as ações de fiscalização.
Também
participaram do encontro os vereadores de São Domingos do Maranhão Nenen do
Leão, Astolfo Seabra, Irislane Avelar, Rosa Cipó, o deputado Antonio Pereira, o
tenente-coronel Tinoco, além de representantes dos comerciantes e empresários
da região.
O titular da comarca de São Domingos do Maranhão destacou que a
população tem cobrado medidas para conter o crescente número de assaltos e
homicídios. Aarão Castro informou o secretário de Segurança Pública sobre a
Ação Civil Pública ajuizada contra o Estado do Maranhão.
Na ação, o Ministério Público questiona a falta de estrutura da
Polícia Militar, que agrava o estado de insegurança. “Atualmente, dez
policiais são encarregados de uma área superior a um milhão de quilômetros
quadrados. Além disso, a viatura local tem problemas mecânicos”, informa o
promotor de justiça.
Ele
destaca que toda a cidade de São Domingos, incluindo os povoados, é atendida
por apenas uma motocicleta. Para agravar a situação, o prédio onde funciona o
quartel tem banheiros degradados, mobiliário antigo, cadeiras rasgadas,
computador e impressora danificados e não possui linha de telefone fixo.
Aarão Castro denunciou, ainda, que o aluguel do prédio onde
funciona o quartel da PM em São Domingos está atrasado há 31 meses e em vias de
sofrer ação de despejo. A esse respeito, ficou acertado que a Secretaria de
Segurança Pública irá assinar um convênio para regularizar os aluguéis
atrasados.
Para o promotor de Santo Antônio dos Lopes, existe uma
necessidade urgente de nomeação de novos profissionais para atuar nas polícias
Civil e Militar. Diante das reclamações sobre a violência, Júlio Aderson
Magalhães enfatizou que os moradores precisam registrar as queixas na delegacia
e também podem procurar o Ministério Público. “Muitos moradores se queixam da
violência mas não registram os casos na polícia. Sem o registro, não é possível
tomar providências”.