Após reunir-se por cerca de uma hora com a presidente
Dilma Rousseff, representantes de prefeitos marcaram uma reunião com o ministro
da Fazenda, Guido Mantega, na próxima terça-feira (20)
para discutir um aumento nos repasses federais para municípios.
Eles foram ao Palácio do Planalto entregar uma carta de reivindicações à presidente, formulada na Marcha dos Prefeitos, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
Eles foram ao Palácio do Planalto entregar uma carta de reivindicações à presidente, formulada na Marcha dos Prefeitos, organizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
De acordo com a assessoria de imprensa da
CNM, a ideia do encontro é convencer o Executivo a apoiar a aprovação de
projetos tramitando no Congresso Nacional para ampliar, em dois pontos
percentuais, os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
"Eu tenho esperança do diálogo, é sempre
importante, constrói. Seguramente não sairemos de mãos vazias", afirmou o
presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Os fundos de participação são formados por
parcela dos recursos que a União arrecada com o Imposto de Renda e o Imposto
Sobre Produtos Industrializados (IPI). Atualmente, 21,5% da arrecadação com
esses tributos vai para o Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Distrito
Federal. Outros 23,5% são destinados ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
A PEC prevê aumentar o percentual do FPE
para 23,5% e o do FPM para 25,5%. Segundo cálculo da Confederação Nacional dos
Municípios, o aumento da cota do FPM acrescentaria R$ 7,2 bilhões à receita de
todas as prefeituras.
Vaias
Neste ano, apesar de ter sido convidada, Dilma não participou do evento organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Na edição de 2013 da Marcha dos Prefeitos, ela foi vaiada após falar sobre a distribuição dos royalties do petróleo.
Neste ano, apesar de ter sido convidada, Dilma não participou do evento organizado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Na edição de 2013 da Marcha dos Prefeitos, ela foi vaiada após falar sobre a distribuição dos royalties do petróleo.
Ziulkoski tentou minimizar as vaias e
disse que, como são muitos prefeitos, e de vários partidos diferentes, qualquer
um poderia ser vaiado, e que são uma questão de momento. "Eu diria que se
em um debate fossem lá os que ponteiem as preferências eleitorais, tanto a
presidente Dilma, o Aécio, ou o Campos, ia ter vaia para todos, porque cada um
tem uma posição. Cada um procura se manifestar", argumentou.
De acordo com o presidente da
confederação, Dilma afirmou não ter ido por se tratar de ano eleitoral e que
sua ida poderia soar como "questão de campanha".
Outros pré-candidatos ao Palácio do
Planalto, como o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e o ex-governador de Pernambuco
Eduardo Campos (PSB), aproveitaram o encontro com os prefeitos para apresentar
suas propostas e ouvir os pleitos dos chefes dos Executivos municipais.