Do blog do Raimundo Garrone
A revelação do site de notícias IG, de que a denúncia que
resultou na abordagem pela Polícia Federal do jatinho de Edinho Lobão em
Imperatriz, não foi anônima como alegou o PMDB, mas partiu da Polícia Civil do
Maranhão levanta a suspeita de uma grande armação para transformar o candidato
do PMDB em vítima, ao mesmo tempo que abafa a repercussão nacional do caso do
vídeo montado com um detento de Pedrinhas com acusações falsas contra Flávio
Dino.
Do contrário, a denúncia haveria razão de ser, já que a Polícia
Civil não a faria se não houvesse motivos suficientes que a justificasse.
E aí se faz necessário apresentar os indícios que levaram à
denúncia, para que não reste dúvidas dúvidas que utilizaram a Polícia Civil
para manipular a Polícia Federal e gerar um fato político para beneficiar o
candidato Edinho Lobão.
Toda a operação comandada pelo delegado da Polícia Federal Paulo
de Tarso Cruz Viana foi comunicada anteriormente ao superintendente da Polícia
Federal no Maranhão, Alexandre Saraiva e a Justiça Eleitoral no estado.
Segundo o IG, Paulo de Tarso explicou, internamente, que poderia
cometer crime de prevaricação caso não averiguasse a denúncia de um órgão como
a Polícia Civil do Maranhão.
Como se tratava de uma denúncia de um órgão oficial e não de
terceiros , com a possibilidade de realização de um flagrante de crime
eleitoral, não havia a necessidade de um mandado de busca e apreensão, segundo
explicou o delegado a colegas.
O delegado Paulo Júnior citou o chamado “senso de oportunidade”
típico de situações propícias para flagrantes de crimes eleitorais. A denúncia
contra Lobão Filho surgiu a menos de três horas da realização da abordagem, na
noite de quarta-feira.
Além disso, o iG também apurou que a abordagem ocorreu sem
truculência ou veemência. Na noite do dia 24 de setembro, o delegado, com sua
equipe, fez antes a revista na aeronave de Lobão Filho.
Durante a revista da aeronave, Lobão Filho estava na ante-sala
do aeroporto de Imperatriz. E somente no aeroporto, na presença de Lobão Filho,
foi feita a revista das bagagens dele e de Gastão Vieira. O delegado negou
truculência ou tentativa de intimidação durante a revista.