O
ex-presidente Lula está reforçando as linhas de confronto direito entre a
campanha do PT e o PSDB. "Armínio, Aécio, essa gente toda significa o
retrocesso, a volta de um mundo que não deu certo", disse Lula em
entrevista à revista Carta Capital, que circula a partir desta sexta-feira 10.
- O
sistema financeiro está ouriçado para que Aécio ganhe as eleições. O FMI, que
estava quietinho, voltou a dar palpite porque sabe onde o seu Armínio Fraga vai
colocar os juros, criticou Lula, apostando numa forte alta da Selic.
Ele
lembrou que assumiu a Presidência da República, em 2003, com os juros nas
alturas e uma dívida externas de 30 bilhões de dólares. Acrescentou ter herdade
uma política econômica que não criava empregos.
-
Agora, a pretexto de atacar a inflação eles querem criar desemprego. Isso
acontece porque eles não se importam em nada com quem trabalha, desferiu o
ex-presidente.
Para
Lula, "O Brasil o país que tem o futuro mais garantido". Ele citou o
volume de obras de infraestrutura em curso e os recordes que vão sendo batidos
na extração do petróleo do pré-sal.
- Não
é jogando nas costas do povo um ajuste fiscal, cortando salários, dispensando
trabalhadores que vamos fazer o Brasil crescer.
Lula
disse estar preocupado com a atenção que a população está dando ao pleito:
- As
pessoas não perceberam que o que está em disputa nesta eleição são dois
projetos de país. O nosso, que é o presente e do futuro, e o deles, que é de
volta ao passado. E é isso o que me preocupa, assinalou o ex-presidente.
Ele
não poupou, ao contrário, foi bastante direto na crítica a seu antecessor
Fernando Henrique Cardoso:
- Eu
me sinto muito ofendido com esse preconceito que chega às raias do absurdo,
atacou Lula. O Fernando Henrique é um cientista político estudioso que não
percebeu a evolução política da classe mais pobre. Ele está falando do passado
do tempo dele, quando ainda valia o voto de cabresto. O povo mudou e ele não
percebeu, continua representando uma certa elite preconceituosa.