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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Pesquisa mostra que 56% dos homens já foram agressivos com a companheira

São Paulo - Uma pesquisa elaborada pelo Data Popular a pedido do Instituto Avon revelou que 56% dos homens já tiveram atitudes que caracterizam violência doméstica contra suas parceiras. De acordo com a pesquisa Percepções dos Homens sobre a Violência Doméstica contra a Mulher, divulgada hoje (29), na capital paulista 41% dos brasileiros conhecem pelo menos um homem que tenha sido violento com sua parceira. Para fazer a pesquisa foram entrevistados 995 homens e 505 mulheres a partir de 16 anos em 50 municípios das cinco regiões do país.
A pesquisa mostrou ainda que 16% dos entrevistados admitem já ter sido agressivos com a companheira. Mas quando listada uma série de atitudes consideradas violentas, é que se chega ao resultado de 56% deles admitindo terem sido agressivos. Entre os itens apontados estão: xingou, empurrou, ameaçou com palavras, deu um tapa, um soco, impediu de sair de casa, arremessou algum tipo de objeto, humilhou em público,obrigou a fazer sexo sem vontade e ameaçou com arma.
Segundo o estudo 53% dos homens entram no casamento com expectativa de felicidade, mas a mesma porcentagem atribui à mulher a responsabilidade pelo sucesso da união. Ainda dentro das expectativas 85% acham inaceitável a mulher ficar alcoolizada 69% não concordam que ela saia com amigos sem sua companhia e 46% consideram inaceitável o uso de roupas justas e decotadas.
O estudo indicou também que a mulher ainda é vista como responsável pelo trabalho doméstico, já que 89% não aceitam que a mulher não mantenha a casa em ordem. Em outro aspecto a pesquisa constatou que 29% dos entrevistados acreditam que o homem só bate porque a mulher provoca e 23% batem porque só assim a mulher "cala a boca", além de que 12% acha que têm razão em bater na mulher caso ela os traia.
De acordo com o estudo o ambiente na infância pode ser o fator influente no comportamento do homem adulto 67% dos agressores presenciaram discussões dos pais quando crianças, enquanto entre os não agressores esse número cai para 47%. Entre os agressores 21% viram violência física e entre os não agressores esse índice cai para 9%.
Quando questionados sobre a Lei Maria da Penha 92% dos homens se disseram favoráveis, mas 35% afirmaram que a desconhecem parcial ou totalmente. A maioria dos homens não entende que a lei atua para diminuir a desigualdade de gênero. Para  37%  as mulheres desrespeitam mais os homens por causa da lei e 81% defendem que os homens também deveriam ser protegidos pela lei.
O presidente da Avon, David Legher observou que a pesquisa mostrou que a sociedade ainda está muito longe de poder dizer que a violência doméstica não existe. Segundo ele a ideia de ouvir homens nesta edição da pesquisa que é feita desde 2009, veio para sentir as impressões do gênero sobre o tema e o resultado impressionou. "No Brasil a cada quatro minutos uma mulher é vítima de violência doméstica e a cada minuto uma morre em função disso. Temos que erradicar esse comportamento da sociedade. A pesquisa mostra que a mulher acha normal que isto aconteça. O primeiro passo é a mulher acordar desta situação. Tem que perceber e contar esta história para alguém", ressaltou.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, destacou que o poder público não tem condições de enfrentar esta realidade sozinho e para acabar com a violência contra as mulheres é necessário que os movimentos sociais e empresas participem. “As parcerias com empresas e movimentos sociais são uma determinação do Governo Federal. Temos que aproveitar e transformar isto em políticas pública, porque neste momento se  reconhece a existência do fenômeno. E estas políticas públicas devem reverter de fato estes dados”.
O fato de muitas atitudes violentas serem consideradas normais pelos homens e nem serem lembradas por eles é cultural e patriarcal, como se fizesse parte do contrato do casamento. Eleonora lembrou que até dez anos atrás as feministas ficavam isoladas sem conseguir mostrar essa realidade. “No governo de Luiz Inácio Lula da Silva as políticas ficaram mais sérias e punitivas. O machismo existe e temos que mudar essa sociedade sexista. Nas novas gerações já há mudanças de comportamento”.
A ministra disse não ver muitas mudanças entre os homens adultos. “Depende do meio em que vive, a cultura em que está envolvido, mas acredito que estamos no caminho certo porque a sociedade está inteiramente mobilizada. Esta mudança de mentalidade é para mim os maiores desafios. Devem ser feitas campanhas acesso maior das mulheres à informação, acolhimento maior e julgamentos exemplares”, explicou.

  Agência Brasil

Joaqui Barbosa determina que junta médica avalie saúde de Roberto Jefferson

Brasília – O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, determinou hoje (29) que uma junta médica avalie o estado de saúde do presidente licenciado do PTB, Roberto Jefferson. Ele foi condenado a sete anos e 14 dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em regime semiaberto, na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
Uma junta médica do Instituto Nacional do Câncer, do Rio de Janeiro, deve ser composta em 24 horas. Segundo Barbosa, os médicos deverão esclarecer se Jefferson pode cumprir a pena em uma penitenciária ou deve cumprir prisão domiciliar. No ano passado, Jefferson passou por cirurgia para a retirada de um tumor no pâncreas.
Segundo Barbosa, o regime domiciliar pode ser concedido ao condenado, mas ele deverá provar a gravidade da doença. “Considerando o relatório médico apresentado pelo sentenciado nos embargos de declaração, que dá conta de tratamento por “neoplasia maligna da cabeça do pâncreas”, à qual se seguiram “incremento de deficiência nutricional crônica de que era portador” e “episódios intermitentes de febre aferida”, mostra-se condizente com as finalidades da execução penal o pronto exame do pedido feito pelo sentenciado Roberto Jefferson, antes de dar início à execução da sua pena”, decidiu o presidente.
Na fase de julgamento dos recursos contra as condenações, a defesa de Jefferson pediu ao Supremo que a pena fosse substituída por prisão domiciliar, mas o pedido não foi analisado. Para Barbosa, "as formalidades legais" não foram observadas.
Na época, a defesa de Jefferson fez a solicitação alegando questão humanitária: “Requere-se ao menos, tendo em visto ao gravíssimo estado de saúde em ele se encontra que, por uma questão legal e, acima de tudo, humanitária, seja substituída por sanções restritivas de direito, sob pena de, no seu caso, a eventual execução da pena corporal num estabelecimento prisional transformar-se em verdadeira pena de morte”.



Procuradoria quer cassar 13 deputados por infidelidade partidária

. A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) pediu ontem ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a cassação do mandato de 13 deputados federais por infidelidade partidária. Autor das ações, o vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio de Aragão, afirma que os pedidos decorrem do caráter representativo do mandato, como expressão da vontade popular. 

"O eleitor confere a representação ao parlamentar vinculado a certo partido, que encarna o ideário que se pretende avançar na disputa pelo poder político. A infidelidade quebra essa relação de confiança e permite à sociedade que reivindique o mandato, através do Ministério Público", explicou Aragão.

Segundo o vice-procurador, os 13 parlamentares que responderão por infidelidade partidária não comprovaram o cumprimento de nenhuma das hipóteses legais que autorizam o procedimento de desfiliação. Conforme os pedidos de cassação, esses deputados escolheram como novos partidos legendas já existentes, sem apresentar uma justa causa para a troca. "O cargo não pode ser objeto de acordos, anuências (expressas ou tácitas) ou qualquer forma de negociação que retire da soberania popular o poder/direito de escolha que lhe é inerente", disse Aragão.

Pelas regras de fidelidade partidária fixadas em resolução do TSE os mandatos pertencem aos partidos e não aos candidatos. Conforme a resolução, a mudança de partido só é permitida em caso de incorporação ou fusão de legendas, criação de novo partido, mudança ou desvio programático da sigla e "grave discriminação" cometida contra o parlamentar.

Boa parte das trocas de partido ocorreu entre setembro e outubro, em meio a filiações aos recém-criados Solidariedade (SDD) e Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
A defesa
Os deputados Stefano Aguiar (MG), Paulo Lustosa (CE) e Luiz Nishimori (PR) afirmaram que fizeram a mudança de partido dentro da legalidade e aguardam a notificação oficial para conhecerem o conteúdo da ação antes de se pronunciar. 

Também à espera da comunicação oficial do TSE, os deputados Silvio Costa (PE) e Alfredo Sirkis (RJ) alegaram que a troca de legenda se deveu a disputas internas e também se mostraram confiantes na legalidade na mudança. Já o deputado Wilson Filho (PB) citou “circunstâncias regionais e situações” como causas para trocar de legenda. 

O deputado Dr. Paulo César (RJ) disse que, no seu caso, ele simplesmente retornou para o partido que o elegeu em 2010, o PR. “Houve um engano. Eu não fui para outro partido usando o PSD como escala. Eu usei o PSD como escala, mas para retornar para o partido que me elegeu em 2010”, afirmou o deputado.

O deputado Walter Feldman (SP) disse que “apresentará seu mandato ao PSDB”. O deputado José Humberto (MG) não foi localizado. O deputado Beto Mansur (SP) disse, por meio da assessoria, que não fala sobre o assunto. O deputado César Hallum (TO) disse, também por meio de sua assessoria, que divulgará uma nota nesta tarde sobre o assunto.
O gabinete do deputado Deley (RJ) informou que ele está viajando e deve se pronunciar só na segunda-feira (2). Francisco Araújo (RR) está licenciado.


Brasil alfabetizado realiza treinamento

O Brasil alfabetizado, programa do governo federal em parceria com a secretaria de estado da educação, (seduc) e colônia dos pescadores Z27 de Vitória do mearim realizou nesta quinta feira (28) treinamento para alfabetizador, e coordenador. Treinamento que foi ministrado por Joselina Franco, técnico pedagógico coordenadora do programa para regional de Viana.
O objetivo deste programa é oferecer a oportunidade de aprender a ler e escrever, para pessoas com idade acima dos 15 anos. O curso tem duração de 8 meses.

Dilma, Lula e PMDB tentarão resolver amanhã crise nos estados

A presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, além do presidente do PT, Rui Falcão, vão se reunir com a cúpula do PMDB, amanhã, em Brasília, para tentar resolver problemas entre os dois partidos em sete estados: Rio de Janeiro, Maranhão, Minas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraíba. Essas divergências afetam o projeto de reeleição da presidente e, em alguns casos, asseguram palanques para dois adversários: o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o senador Aécio Neves (MG).
No Maranhão, a direção nacional do PT deve forçar a aliança com o PMDB da família Sarney, embora o PCdoB cobre apoio à candidatura do presidente da Embratur, Flávio Dino, que também tem conversado com Eduardo Campos.
Na quinta-feira, o senador José Sarney (PMDB-AP) teve audiência com Dilma. Ele afirmou que a conversa foi sobre obras no Amapá, sem relação com as eleições, até porque, segundo ele, o apoio do PT ao PMDB no Maranhão estaria assegurado:
— O grupo que nos apoia (no PT) ganhou (o comando do diretório regional), então não há problema mais — disse.
Mas o resultado da eleição do PT no Maranhão está em litígio. O atual presidente, Raimundo Monteiro, pró-Sarney, proclamou sua reeleição. Mas seus adversários não reconheceram o resultado e fizeram um segundo turno à revelia da direção nacional, que não autorizou nova votação. O tema será discutido pela Executiva Nacional do PT na próxima terça-feira.


Deu em O Globo: Roseana humilha PT e tira vice-governador da linha sucessória

BRASÍLIA – A governadora Roseana Sarney (PMDB) conseguiu afastar o PT da linha sucessória do seu governo com a eleição na Assembleia Legislativa do vice-governador Washington Oliveira para a vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta quinta-feira pela manhã.
Oliveira foi candidato único e vai renunciar à vice-governadoria para poder tomar posse no novo cargo, agora vitalício.
- Vou me reunir com a governadora para acertamos tudo e a data da posse – disse Oliveira.
A eleição do vice-governador é parte da estratégia da governadora Roseana Sarney para abril de 2014, quando pretende renunciar ao mandato para concorrer ao Senado, sem correr os riscos de deixar o governo nas mãos do PT, partido completamente dividido no Maranhão e com forte tendência em apoiar Flávio Dino (PC do B), candidato adversário do grupo Sarney ao governo do estado.
Com a descompatibilização de Roseana em abril e na ausência de um vice-governador, o presidente da Assembleia Legislativa Arnaldo Melo (PMDB) assume o governo provisoriamente para convocar, no máximo em 30 dias, uma eleição indireta no legislativo para a escolha do futuro governador com nove meses de mandato, que será o atual secretário de infra-estrutura, Luís Fernando Silva, pré-candidato do PMDB ao governo do Estado em 2014.
A ideia é alavancar sua candidatura, que mesmo com forte apoio do governo e distribuição de mais de R$ 100 milhões em convênios, não conseguiu passar dos 20% das intenções de votos em pesquisas realizadas no estado. Luís Fernando concorreria à reeeleição em outubro na condição de governador, que tem reservado em caixa para o ano que vem um orçamento de R$ 14,1 bilhões; R$ 1 bilhão a mais do que o previsto para 2013.
- Isso é uma vergonha, uma imoralidade. A governadora desqualifica Washington por não querer que ele assuma o governo e desmolariza o TCE quando o usa como engrenagem de manobra política com a finalidade de eleger um governador biônico – protestou o deputado Bira do Pindaré (PSB), um dos quatro que votaram contra a indicação do vice-governador.
Pindaré e o deputado federal, Domingos Dutra (SDD), ambos deixaram o PT no mês de outubro, entraram ainda na terça-feira com uma Ação Popular com Pedido de Medida Liminar, questionando o tempo que a Assembleia Legislativa levou para indicar o novo conselheiro à espera da conclusão do Processo de Eleição Direta do PT, condição imposta pelo vice-governador para aceitar o cargo no TCE.
- É inadmissível que a Assembleia Legislativa fique esperando o resultado da disputa interna do PT para escolher o novo conselheiro do Tribunal de Contas. O vice-governador não preenche os requisitos técnicos, jurídicos e nem contábeis para ser conselheiro. O mesmo não tem experiência nem competência para exercer um cargo de tamanha relevância – explicou Domingos Dutra.
Cargo do TCE estava vago há dois meses
A vaga no TCE estava aberta desde o final de setembro, com a aposentadoria compulsória do conselheiro Yêdo Flamarion Lobão, que ainda continua no Tribunal de Contas agora nomeado como Assistente de Articulação e Relacionamento Institucional da Presidência.
Washington Oliveira, que vinha resistindo a aceitar o cargo, disse que o fez depois de conversar com seus companheiros de partido e por acreditar que poderá ser útil para o Maranhão.
- Será uma experiência nova e que atenderá os desejos do meu partido, sem que haja qualquer rompimento com a governadora Roseana Sarney, a quem deposito toda a minha confiança – disse Oliveira logo após a sua eleição.
Ele também garantiu que não sofreu nenhum tipo de pressão para renunciar à vice-governadoria e que não tem conhecimento das articulações para eleger Luís Fernando Silva indiretamente pela Assembleia a partir do mês de abril.
No final da tarde desta quinta-feira, o juiz da Vara da Fazenda Pública, Edilson Caridade Ribeiro, concedeeu liminar a pedidos dos deputados Domingos Dutra e Bira do Pindaré suspendendo a indicação de Washington Oliveira por entender que a Assembleia Legislativa não atendeu aos princípios da ampla publicidade ao pleito para a escolha do novo conselheiro, já que “o prazo previsto no edital convocatório dos interessados em candidatar-se a vaga de conselheiro do TCE-MA, foi realmente exíguo, publicado às vésperas de um feriado prolongado (incluindo dias não úteis)”.
A notícia da liminar não interrompeu as comemorações dos deputados e do vice-governador em uma churrascaria da capital.
- Essa liminar é extemporânea, porque a eleição já foi realizada e a Assembleia já oficializou o resultado da eleição para o TCE – garantiu o deputado Manoel Ribeiro (PTB), um dos defensores da candidatura do vice-governador.
O presidente da Assembleia, Arnaldo Melo, disse por telefone que não ia se pronunciar sobre o caso até ser notificado oficialmente, embora já esteja reunido com a assessoria jurídica da Casa.
- O processo nem está mais com a Assembleia. O resultado foi promulgado hoje mesmo pela manhã, e o expediente com a indicação já foi encaminhado à governadora Roseana Sarney – explicou.
Segundo o presidente da AL, a decisão da Justiça teria efeito se proferida antes de concluídos os trâmites da escolha de Washington Oliveira.


prefeitura de Santa Inês resolve convocar aprovados em concurso



Depois de muita briga e até o MP intervir, a prefeitura de Santa Inês publicou o Edital número 010/2013 em que convoca candidatos classificados no Concurso Público 001/2011, realizado para provimento do quadro de pessoal na área da Educação. Os candidatos convocados deverão se apresentar no prazo de 20 dias, munidos de documentação para investidura nos cargos.





Quadrilha é presa com mais de duas mil munições no interior do estado

Uma quadrilha foi presa pela Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), com o apoio dos policiais regionais de Pinheiro, Itapecuru e Rosário, além do Grupo Tático Aéreo (GTA). Com os criminosos foi encontrado um arsenal com aproximadamente duas mil munições de diversos calibres

As autoridades deram cumprimento a quatro mandados de Busca e Apreensão e cinco de prisão. De acordo com a SPCI, os suspeitos foram detidos pelos crimes de tráfico, associação para o tráfico de drogas, roubo e formação de quadrilha. Participaram da operação 42 policiais .

A quadrilha formada por Givaldo José da Silva, de 55 anos, “Galego”; a esposa dele, Djeane Ferreira Lima Silva, de 34 anos, a “Neta do São Simão”, Vitor José Martins da Silva, de 21 anos; o irmão dele, Bernardo Martins, de 31 anos, que seria o líder do grupo, e Maria Fabriciana Marques Castro, 35 anos, conhecida como “Neta do Itamirim”. Os suspeitos foram presos em cumprimento de mandado de prisão expedidos no dia 18 de novembro deste ano pela juíza Edeuly Maia Silva, que responde pela Comarca de Santa Rita. Os mandados foram cumpridos nos povoados Itamirim e São Simão, ambos em Rosário. O delegado Ednaldo Santos, titular de Santa Rita, declarou que na residência de Givaldo e Djeane foi encontrado um arsenal com aproximadamente duas mil munições de diversos calibres.

O casal foi autuado em flagrante delito pelos crimes de porte ilegal de munição e formação de quadrilha. O delegado Carlos Veloso, da SPCI, informou que a quadrilha é suspeita de várias práticas de assaltos na região de Rosário.


Unidades básicas de Saúde terão R$ 80 milhões para internet banda larga

São Paulo – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou hoje (29) que serão investidos  cerca de R$ 80 milhões por ano para levar internet banda larga a 12.372 unidades básicas de Saúde (UBS). Está prevista para a próxima semana a finalização de um pregão eletrônico que vai licitar cinco lotes de conexão de banda larga, sendo quatro de conexões terrestres e uma por satélite.
A estimativa é que os contratos por conexão terrestre tenham duração de três anos, enquanto o contrato para conexão por satélite terá prazo de quatro anos. O custo mensal do ministério será em torno de R$ 6,9 milhões para as mais de 12 mil UBS. O prazo de implantação é um ano, e a previsão é que até o fim de 2014 todas as conexões tenham sido implantadas.
Com o acesso à banda larga, as unidades terão maior organização no atendimento, acesso ágil a ferramentas como prontuários eletrônicos, que reúnem todo o histórico de atendimento aos pacientes.
A conexão banda larga também possibilitará acesso mais rápido ao Portal de Saúde do Cidadão, onde são registradas as informações individualizadas sobre internações, atendimentos ambulatoriais de alta complexidade e cirurgias. Esses dados são restritos aos pacientes, que poderão liberá-los aos médicos que os acompanham.

Além disso, as UBS poderão consultar e incluir dados no Sistema de Cadastramentos dos Usuários do Sistema Único de Saúde, possibilitando a emissão do número do Cartão Nacional de Saúde.
 Agência Brasil

Pesquisa mostra desinformação e preconceito entre jovens de 18 a 29 anos




Brasília - Pouco mais de quatro em cada dez jovens entre 18 e 29 anos concordam, total ou parcialmente, com a ideia de que mulheres que se vestem de forma insinuante não podem reclamar se sofrerem violência sexual e pouco mais de 10% são indiferentes a esse tipo de violência. É o que mostra a pesquisa Juventude, Comportamento e DST/Aids, encomendada pela Caixa Seguros, aprovada pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília e feita com o acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids (DST/Aids) e Hepatites Virais do Ministério da Saúde. Os resultados mostram alto grau de desinformação, preconceito de gênero e contra homossexuais.
Para o coordenador da pesquisa, Miguel Fontes, que é doutor em saúde pública, o machismo ainda está muito presente entre os jovens, “principalmente os homens”. Pouco mais de 9% dos entrevistados concordam ou são indiferentes ao fato de um homem agredir uma mulher porque ela não quis fazer sexo e pouco mais de 11% têm a mesma opinião com relação a homens que batem na parceira que o traiu.
Para a socióloga do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea) Jolúzia Batista, essa geração de jovens sofreu um avanço conservador nos últimos anos. Na sua opinião, uma educação não sexista nas escolas é fundamental para mudar esse cenário. “Nós vemos que hoje a violência surge como uma forma de colocar a mulher nos trilhos, de corrigi-la. É preciso investir em educação para mudar isso“, defende.
Para a pesquisa foram entrevistados 1.208 jovens entre 18 e 29 anos em 15 estados e no Distrito Federal, sendo 55% mulheres. Os critérios da coleta de dados, feita em 2012, são semelhantes aos adotados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O trabalho foi concebido e analisado pela John Snow Brasil Consultoria, e a coleta de dados foi feita pela Opinião Consultoria.
Entre os jovens entrevistados, apenas 30% estudam e 56% já foram reprovados no colégio. Mais da metade são católicos e quase um terço, evangélicos. De cada dez, seis acessam a internet com frequência e cinco navegam pelo menos duas horas por dia.  A maioria perdeu a virgindade entre os 14 e os 18 anos, 10% ainda não tiveram relação sexual, 95% se declararam heterossexuais, 3% disseram ser bissexuais e os 2% restantes, homossexuais


Falta de saneamento básico é pior no Norte e no Nordeste

Quase 30% dos domicílios urbanos não tinham acesso aos serviços básicos de saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário, coleta de lixo e iluminação elétrica) em 2012. A informação faz parte da Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida dos Brasileiros, divulgada hoje (29) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa informa também que 93,5% não tinham esgotamento sanitário. Nesse indicador, os maiores percentuais foram das regiões Norte e Nordeste (95,3% e 96,0%, respectivamente).
O aumento do acesso aos serviços foi 7,3 pontos percentuais em dez anos. De acordo com  a coordenadora da pesquisa, Ana Lúcia Saboia, o aumento da renda do trabalho, da escolaridade e do acesso a serviços essenciais, de 2002 até o ano passado, mostram que os indicadores sociais do país são cada vez melhores, mas os desafios ainda são enormes.
“As melhoras são um incentivo para nós, porém, questões permanecem, como a de infraestrutura, saneamento básico ainda são o grande drama; grande parte da população ainda não tem acesso a esse serviço”, comentou ela.
Segundo o IBGE, em 2012, 40,8% dos domicílios urbanos tinham computador, TV em cores e máquina de lavar. Cerca de 37% tinham aparelho de DVD e 34,3% contavam com outros serviços, além da internet. Para os 9,2 milhões de domicílios cujos moradores têm  rendimento per capita de até meio salário mínimo, apenas 10% tinham internet.


Mais de 70% dos jovens que não estudam nem trabalham são mulheres

Rio de Janeiro - Um em cada cinco jovens brasileiros de 15 a 29 anos não trabalhava nem frequentava a escola em 2012, sendo que cerca de 70% eram mulheres. Os números são resultado da Síntese de Indicadores Sociais – Uma Análise das Condições de Vida dos Brasileiros, divulgada hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo, chamado de nem-nem, reúne 9,6 milhões de pessoas e era maior entre os jovens de 18 a 24 anos de idade (23,4%). No subgrupo de 15 a 17 anos, a proporção foi 9,4%.
Entre as mulheres nem-nem, 58,4% tinham pelo menos um filho. A proporção cresce com a idade: 30% das meninas com idade entre 15 e 17 anos, 51,6% entre 18 a 24 anos e 74,1% do grupo entre 25 e 29 anos.
Aos 19 anos, Thayane dos Santos é mãe de Carlos, de 2 anos. Ela mora na casa da mãe dela com mais dois irmãos. A jovem terminou o ensino médio, mas não estuda nem trabalha. “Não tenho quem fique com ele [Carlos], porque minha mãe trabalha e meus irmãos estudam. Não há creche pública perto de casa e os trabalhos que encontrei pagavam pouco e não daria para eu pagar alguém para cuidar dele”, explicou Thayane, ao contar que teve uma oportunidade de trabalhar em casa de família e em uma loja, mas recusou por causa do filho.
De acordo com a coordenadora-geral da pesquisa, Ana Lúcia Saboia, não é possível atestar uma causa direta entre ter filho e não trabalhar nem estudar. “Precisamos ter uma estrutura melhor de creches, por exemplo. Nós mulheres sabemos como é difícil conciliar trabalho com filho”, comentou ela.
Entre as pessoas de 15 a 17 anos de idade que não frequentavam escola e não trabalhavam, 56,7% não tinham o ensino fundamental completo, embora devessem estar cursando o ensino médio, segundo as recomendações do Ministério da Educação.
Em relação as pessoas de 18 a 24 anos, que deveriam ter ao menos o ensino médio completo, somente 47,4% das que não trabalhavam e não estudavam tinham completado esse nível de ensino. A maioria (52,6%) tinha o ensino médio incompleto.
Segundo os pesquisdores, a situação é preocupante para as pessoas de 25 a 29 anos que não trabalhavam e não estudavam, uma vez que 51,5% tinham ensino médio incompleto, 39,2% completo e 9,3% ensino superior incompleto ou completo.
Segundo o IBGE, entre as mulheres de 15 a 17 anos que não tinham filho, 88,1% estudavam e somente 28,5% das que tinham um filho ou mais estudavam. Um total de 68,7% delas não estudavam nem completaram o ensino médio.
No grupo de mulheres de 18 a 24 anos de idade, 40,9% daquelas que não tinham filho ainda estudavam, 13,4% não estudavam e tinham até o ensino médio incompleto, 45,6% não estudavam e tinham pelo menos o ensino médio completo.
No mesmo grupo etário, entre aquelas que tinham filho, somente 10% estudavam, 56,7% não estudavam e tinham até o ensino médio incompleto, 33,3% não estudavam e tinham pelo menos o ensino médio completo.