O Brasil tem 136 milhões
de computadores em uso, aponta pesquisa da Escola de Administração de Empresas
da Fundação Getulio Vargas, divulgada hoje (24). O levantamento revela que
existem dois computadores para cada três habitantes, uma densidade per capita de
67%. Neste ano, a estimativa é que sejam vendidas 24,8 milhões unidades, o que
equivale a uma venda por segundo. Nos próximos dois anos, o país deve alcançar
a marca de um computador por habitante, com um total de 200 milhões de máquinas.
Para a pesquisa, que tem como
foco o uso de tecnologia da informação (TI) nas empresas, foram levantadas
informações de 2,3 mil empreendimentos de médio e de grande porte. Eles
correspondem a 68% das 500 maiores empresas do país. O levantamento é uma
mostra da situação no início deste ano. A fundação, no entanto, também reúne
indicadores que revelam aspectos do uso doméstico e corporativo.
De
acordo com Fernando Meirelles, coordenador do estudo, o destaque dessa edição
são os tablets. “Em três, quatro
anos, ele já representa 13% do total de computadores em uso”, avaliou. Ele
aponta que alguns elementos explicam essa explosão na procura pelo equipamento.
Uma delas é o fato de ele ter se tornado um objeto de desejo, especialmente
entre os mais jovens. Meirelles citou ainda a chamada MP do Bem, medida
provisória que reduziu impostos para empresas de exportadoras e outros setores
da economia, e o excesso de oferta.
A
estimativa da FGV é que as vendas do mercado de computadores continuem a
crescer em 2014, com taxa de 10%. O percentual, no entanto, será menor do que o
registrado no ano passado, quando houve crescimento de 19%. “Para uma situação
econômica ainda nebulosa, pois não sabemos como 2014 vai caminhar, 10% em cima
de um número que cresceu quase 20% é um percentual bastante grande”, avaliou. O
destaque deve ficar, novamente, por conta dos tablets. Em maio deste
ano, eles devem responder por 40% das vendas, segundo a fundação.
Em
relação às empresas, a pesquisa aponta que elas investem 7,5% da receita em TI.
Nos últimos 14 anos, esse percentual dobrou. Por usuário, são investidos
anualmente, em média, R$ 26,5 mil. No caso dos bancos, esse valor sobe para R$
57,1 mil. O uso mais comum de softwares nas empresas pesquisadas é com correio
eletrônico, navegador de internet e planilha, nesta ordem, correspondendo a
57%.
Os
sistemas operacionais da Microsoft continua dominando as estações de trabalho
nas empresas, com mais de 90% do uso. O Windows corresponde a 70% dos
servidores corporativos e o Linux, sistema operacional de uso livre, está
presente em 18%. As impressoras são divididas, em média, por nove máquinas e
apenas 24% delas são coloridas.
