O Maranhão apresentou o 2º pior desempenho entre os estados brasileiros,
na avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla
em inglês) de 2012, divulgado hoje (3) pela Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo que inclui nações ricas.
A nota geral alcançada pelo Maranhão foi de 357, só superior à de
Alagoas – pior desempenho –, que teve 348.
A avaliação considerou o desempenho dos alunos em Matemática, Leitura e
Ciências, disciplinas em que o Maranhão obteve notas 343, 369 e 359,
respectivamente.
No comparativo com os 65 países avaliados, as notas do Maranhão só são
maiores do que as do Quirguistão – último da lista –, que teve 331 em
Matemática, 314 em Leitura e 330 em Ciências (média 325).
Aplicado em 65 países, o Pisa é um dos mais importantes testes
internacionais para comparar o nível educacional das várias regiões do globo. A
prova é aplicada a alunos na faixa dos 15 anos a cada triênio.
O Espírito Santo foi o estado com melhor desempenho na avaliação
internacional de educação – média geral de 423, com notas 414 em Matemática,
427 em Leitura e 428 em Ciências. O Distrito Federal ficou no 2º posto, com 422
de nota geral.
São Paulo – o estado mais rico da federação – posicionou-se apenas no 7º
posto. A média geral paulista foi 414, maior do que a do país – 402 (391 em
Matemática; 410 em Leitura; e 405 em Ciências).
Na região Nordeste, só a Paraíba (nota geral 406) conseguiu superar a
média brasileira.
Apesar de avanços, Brasil ainda é 58º
em ranking
O Brasil conseguiu os maiores ganhos na performance em Matemática de
2003 a 2012, mas o crescimento não foi suficiente para garantir um crescimento
no ranking do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). A nota de
Matemática dos alunos brasileiros subiu de 356 pontos naquele ano para 391 pontos
em 2012. Já no ranking de países neste tema, o Brasil caiu uma posição, para
58º entre 65 países (mesma posição do ranking geral).
Mesmo com a evolução dos alunos em relação à Matemática, o Brasil ainda
está abaixo da média da OCDE, ficando no patamar de países como a Albânia,
Jordânia, Argentina e Tunísia.
Comparando com a América Latina, a performance brasileira está abaixo do
Chile, México, Uruguai e da Costa Rica. Porém, o país se saiu melhor do que a
Colômbia e o Peru.
LEITURA E CIÊNCIA – Em Leitura,
o Brasil subiu de 396 pontos em 2000 para 410 pontos em 2012, colocando o país
no mesmo patamar da Colômbia, da Tunísia e do Uruguai, ainda abaixo da média da
OCDE. Na América Latina, os estudantes brasileiros tiveram performance inferior
aos colegas chilenos, costa-riquenhos e mexicanos. Mas, se saíram melhor do que
os argentinos e peruanos.
A pesquisa mostra que 49,2% dos estudantes brasileiros conseguem, no
máximo entender, a ideia geral de um texto que trate de um tema familiar ou
fazer uma conexão simples entre as informações lidas e o conhecimento
cotidiano. Apenas um em cada duzentos alunos atinge o nível máximo de leitura.
Ou seja, cerca 0,5% dos jovens são capazes de compreender um texto desconhecido
tanto na forma quanto no conteúdo e fazer uma análise elaborada a respeito.
Em Ciências, o desempenho brasileiro também ficou abaixo da média, no
nível da Argentina, Colômbia, Jordânia e Tunísia. O Brasil ficou, nesse item,
atrás do Chile, da Costa Rica, do Uruguai e do México, mas à frente do Peru. Desde
2006, a performance brasileira saiu dos 390 pontos e chegou aos 405 em 2012.
(Agência Brasil)
ESTADOS COM AS PIORES NOTAS NO PISA
Alagoas: 348
Maranhão: 357
Pernambuco: 371
Roraima: 371
Amazonas: 371
Acre: 374
Pará: 375
Tocantins: 375
Mato Grosso: 378
Amapá: 379
Fonte:
Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Programme International Student
Assestment) – Pisa