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domingo, 5 de janeiro de 2014

Governo federal oferece auxílio para conter violência no Maranhão


O Ministério da Justiça informou neste domingo (5) que ofereceu ajuda ao governo do Maranhão para tentar conter a onda de violência no estado. Segundo o governo federal, foram oferecidas vagas em presídios federais para os líderes das facções criminosas que estão no complexo penitenciário de Pedrinhas. Ônibus foram incendiados e ataques a delegacias registrados nos últimos dias no estado.
A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, ainda não respondeu à oferta do Executivo, o que deverá acontecer nos próximos dias. Se aceitar o auxílio do governo federal, ela será responsável por apontar quais os presos que serão transferidos para outros locais.
Segundo o Ministério da Justiça, a estratégia que pode ser adotada no Maranhão já foi utilizada de forma eficaz anteriormente em Santa Catarina, quando foram transferidos vários presos, no início de 2012, justamente para tentar frear uma onda de violência que tomava conta do estado.


Insegurança: Internautas organizam protesto para cobrar atitude de Roseana


Revoltados com a crise no sistema de segurança pública, a população começa se mobilizar nas redes sociais em repúdio aos últimos acontecimentos em São Luís, quando ônibus foram incendiados por facções criminosas e delegacias atacadas.
Nas redes sociais, internautas organizam para a próxima sexta-feira, dia 10 de janeiro, uma manifestação com concentração, às 16h, em frente a Biblioteca Benedito Leite, no Centro. “Se você está cansado dessa violência que assombra São Luís, dessas mortes, incêndios nos ônibus. Com toda essa falta de respeito com o cidadão, venha participar da manifestação!”, convida o movimento intitulado Acorda Maranhão.
Para confirmar presença, acesse clicando AQUI a página do movimento no facebook.
São Luís e todo o estado do Maranhão vive uma onda de criminalidade sem proporções. Bandidos afrontam a população e tiram vida de inocentes sem que haja a devida resposta do Estado. O ano de 2013 terminou com 983 assassinatos nos quatro municípios que compõem a região (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa). O número supera em 267 casos as 716 mortes de todo o ano de 2012 – o que representa um aumento de 37,3% nos homicídios em um ano.
Os mortos no sistema penitenciário maranhense – mais de 60 em 2013, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ); 26 em apenas três meses, outubro, novembro e dezembro – ajudaram a inflar as estatísticas de homicídios de 2013. Quatro detentos foram decapitados durante os motins.
Protestos de junho
No dia 22 de junho de 2013, mais de 20 mil pessoas foram às ruas do centro histórico de São Luís para protestar contra a corrupção e a falta de investimentos na saúde, educação e segurança.

A manifestação, batizada de Acorda Maranhão, teve concentração na Praça Maria Aragão, no centro da cidade, e terminou no Palácio dos Leões, sede do governo do estado, exibindo cartazes e gritando palavras de ordem em sua maioria contra o governo Roseana Sarney. Alguns exigiram também investimentos na mobilidade urbana e melhorias nos serviços de transporte, da administração municipal.
Do blog do John cutrin

Suspeitos de cometer ataques são apresentados na SSP, neste domingo


Todos os envolvidos nas ações de vandalismo ocorridas na sexta (3), em São Luís, foram apresentados neste domingo (5), durante coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado. 
Dez pessoas entre eles dois menores, são suspeitos de participar dos ataques aos ônibus coletivos na sexta-feira (3), em São Luís.  Após os ataques o Serviço de Inteligência da Polícia Militar conseguiu chegar ao paradeiro dos suspeitos de autoria dos ataques.
Hilton Jonh Alves Araújo de 27 anos conhecido como “Praguinha” que teria comandado as ações fora do presídio, ele é condenado a 20 anos de prisão, por homicídio, mas estava foragido após receber indulto de Natal. Hilton Araújo foi preso em 2013, mas saiu da prisão mais uma vez após ordem de soltura, a justiça definiu que o processo apresentava morosidade. De dentro do presídio o detento Jorge Henrique Amorim Martins, 21 anos o “Dragão” teria comandado os ataques. Os demais presos são:Hilber Ney Morais, conhecido como “Paiacam” um dos líderes de uma facção criminosa. Francisco Antônio Lobato Júnior, Diego da Silva do Carmo, Rogenilson Boa Ventura Brito, Ismael Calda de Sousa, Luís Gustavo do Nascimento.

A situação no Maranhão é responsabilidade de quem o administra há décadas

Por Leonardo Sakamoto (jornalista, professor da PUC-SP e doutor em Ciência Política)


Um dos principais fatores para impedir alguém de cometer um delito não é o tamanho de sua punição, mas a certeza de que será pego. Com as baixas taxas estaduais de elucidação de homicídios, por exemplo, não admira que o fator dissuasivo não cole muito por aqui.
Por isso, é paradoxal que políticos em campanha repitam a mesma promessa de mais policiamento ostensivo nas ruas para combater a criminalidade. Mas não soltem uma interjeição sobre a necessidade de melhorar a investigação policial, com mais recursos financeiros para a área, melhores garantias profissionais e, é claro, combate à corrupção que grassa em parte dessa estrutura.
Atear fogo em um ônibus com passageiros em uma avenida de grande circulação não é um ato de loucura, mas uma ação pensada para criar pânico na população e questionar a capacidade de controle do poder público. E a pouca certeza de ser pego influencia nesse cálculo, claro. Cálculo que esteve presente ao acender ônibus-tochas em cidades de todo o país no ano passado.
O exemplo do Maranhão é paradigmático. A penitenciária de Pedrinhas se tornou terra de ninguém, um depósito superlotado de gente, juntando presos de facções criminosas rivais no mesmo espaço. Daí, decapitações, esfolamentos, estupros de mulheres da família dos presos. Mais recentemente, demonstrações de força com a queima de coletivos nas ruas da capital São Luís, com passageiros dentro, aprofundaram a sensação de que a lacuna deixada pelo governo é maior do que se pensava.
Não consigo acreditar na justificativa do poder público de que isso é uma reação às suas políticas de segurança. Isso é uma consequência de sua incapacidade de dar respostas.
Pois, sobre vários sentidos, o Maranhão é um Estado seletivo: está presente para garantir a qualidade de vida de alguns poucos em detrimento da maioria da população.
Prova disso é que ele apresenta a menor expectativa de vida na média de homens e mulheres – 68,6 anos – de acordo com dados divulgados pelo IBGE. São cinco anos abaixo da média nacional (73,76). E possui a segunda pior taxa de mortalidade infantil do país, apenas atrás de Alagoas, com 29 crianças com menos de um ano mortas para cada mil nascidas vivas. A média nacional é de 16,7 para 1000.
As três piores cidades em renda per capita pertencem ao Maranhão, de acordo com o recentemente divulgado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) – Marajá do Sena (R$ 96,25), Fernando Falcão (R$ 106,99) e Belágua (R$ 107,14). Na média dos municípios, o Estado possui o segundo pior IDHM do país, perdendo apenas para Alagoas – outra terra devastada pelo coronelismo.
O Maranhão, sob o domínio dos Sarney por décadas, não só permaneceu nas piores posições nos indicadores sociais, mas também viu suas terras serem desmatadas e poluídas, latifúndios crescerem, trabalhadores serem escravizados e assassinados, comunidades tradicionais serem ameaçadas e expulsas, a educação ser sucateada, os meios de comunicação ficarem concentrados nas mãos de poucos políticos. Até juiz já foi flagrado com trabalho escravo pelo governo federal em sua fazenda, mas acabou sendo absolvido pelos colegas por lá.
Isso é assustador, considerando que o Maranhão é um Estado rico. Possui jazidas minerais e gás natural. Água doce em abundância. Partes de seu território estão na Amazônia e no Cerrado. Tem localização privilegiada, com um porto mais próximo dos Estados Unidos e da União Europeia do que os do Sul e Sudeste.
Por que então não foram construídos/finalizados outros presídios antes? Por que a polícia não foi realmente empoderada para investigar crimes e o sistema penitenciário para gerir aquela balbúridia? Por que recursos não foram gastos na implementação de políticas públicas de segurança, mas também de educação, saúde, transporte, cultura, habitação, alimentação..?
Alguns vão colocar a culpa na própria população que os elege. Não é tão simples – Sarney teve que fugir e virar senador pelo Amapá para não ficar fora do jogo político em um determinado momento. E sua filha, Roseana, já perdeu uma eleição para o governo. Ou seja, há focos de resistência na forma de importantes movimentos sociais e uma sociedade civil cada vez mais atuante.
O problema é o desalento de boa parte dos mais pobres, que – infelizmente – já não acreditam que a política possa fazer diferença em sua vida. Independentemente de quem lá estiver.
Para muita gente que vive no Maranhão, a vida se equilibra entre um “salve-se quem puder” e um “não tenho nada a perder”.
 Do blog do John cutrin 

Câmara não cumpre promessa de economia de R$ 24 milhões

A promessa do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de economizar cerca de R$ 24 milhões com a instalação de pontos biométricos na Casa chegou ao final do ano de 2013 sem previsão de ser cumprida. O anúncio do novo sistema de registro de frequência destinado aos servidores e funcionários com indicação política foi feito em março com objetivo de reduzir o impacto negativo junto à opinião pública com aumento realizado no mesmo período da verba de gabinete dos deputados e da criação de novas estruturas.
No caso do "cotão", como são chamados os benefícios dados aos deputados com passagens, telefonia, entre outros, o aumento foi de 12,7%, o que gerou um impacto de R$ 22,6 milhões. Já os projetos que criaram os novos órgãos e funções comissionadas representaram um desembolso de R$ 7 milhões em 2013 e de R$ 8,9 milhões em 2014.
O sistema biométrico é adotado pelo Senado desde abril de 2011. A decisão por parte da direção do Senado ocorreu após uma série de mudanças administrativas realizadas a partir de 2009 quando o Estado revelou o uso de "atos secretos" para nomear parentes, amigos e criar benesses para servidores e senadores.
O modelo adotado pelo Senado, segundo integrantes da assessoria técnica da Câmara ouvidos pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, não é o adequado à realidade da Casa. Entre as críticas estaria a possibilidade do surgimento de um acúmulo de horas extras por parte dos servidores, o que poderia causar um rombo nas contas da instituição num futuro próximo.

Oficialmente a Câmara alegou por meio da assessoria que em razão de problemas técnicos não foi possível instalar o sistema de controle de frequência dos servidores. "A instalação do sistema de ponto eletrônico na Câmara dos Deputados está prevista para o primeiro semestre de 2014. O sistema não foi instalado até agora por problemas técnicos, que têm exigido a realização de adaptações às demandas de horário e de trabalho dos diversos setores da Casa", diz trecho da nota. "A princípio, todos os servidores - ocupantes de cargo efetivo, de natureza especial e de secretário parlamentar - serão submetidos ao sistema de ponto eletrônico".

Salários de professores melhoram, mas magistério atrai menos jovens


O Brasil tem à frente o enorme desafio de melhorar seu ensino público, mas, para isso, precisa resolver uma questão primordial: a valorização de seus mestres. Os resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), divulgados no final de 2013, mostraram que os países com melhor desempenho na educação são aqueles que fazem a carreira docente atrativa aos mais talentosos jovens que saem do ensino médio. Não é o nosso caso. No Brasil, apesar de alguns avanços, os salários ainda são baixos em comparação com as demais ocupações universitárias, poucos jovens cogitam seguir a carreira docente e, nos últimos anos, menos se formam em cursos de licenciatura.
Um levantamento feito pelo GLOBO nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, mostra que professores tiveram, desde 1995, aumento médio na renda superior aos demais profissionais com ensino superior. Mesmo assim, em 2012, um professor do primeiro ciclo do ensino fundamental (que dá aulas para crianças de 6 a 10 anos) recebia, em média, somente 57% do registrado entre profissionais também com nível superior. Entre docentes do ensino médio, esta proporção aumenta para 70%. Em 1995, esses percentuais eram, respectivamente, de 39% e 51%.
A baixa remuneração, além de desmotivar os próprios professores, é um dos fatores que leva muitos jovens a descartar de seus planos a carreira em salas de aula. Uma pesquisa feita pela UniCarioca com exclusividade para O GLOBO mostra que apenas 20% dos alunos do ensino médio do Rio que pretendem ingressar no ensino superior manifestam algum interesse pelo magistério. Eles são, em comparação com os que planejam outras carreiras, jovens de menor renda e que estudaram, principalmente, em escolas públicas.
Se na entrada do sistema está difícil atrair jovens para os cursos de magistério, dados do Censo do Ensino Superior, do Ministério da Educação, mostram que há também um problema recente na saída das universidades. A quantidade de estudantes concluindo faculdades de licenciatura em disciplinas do ensino básico, que na década passada teve aumento de 63%, registrou queda de 16% de 2010 a 2012. O mesmo movimento é percebido quando se analisa as matrículas: depois de aumentarem 60% na década passada, caíram 4% nos últimos três anos da pesquisa.
Se a queda do número de licenciaturas se confirmar ao longo dos anos, a tendência pode dificultar o cumprimento de uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação na Câmara dos Deputados, que estipula que todos os professores do país tenham formação com licenciatura até 2024.
Mas como explicar a aceleração das licenciaturas até 2010, e depois freada brusca? O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, prefere uma saída econômica. Segundo ele, na última década, o Brasil viveu um dos maiores crescimentos de sua História, com inclusão de renda, e consequentemente, de crescimento da parcela da população à educação superior. Com uma economia mais complexa, surgem outras oportunidades de trabalho mais atrativas.
Para Cara, este cenário precisa ser revertido urgentemente, já que o país precisaria de 1,5 milhão a dois milhões de novos professores até 2023, segundo seus cálculos, para cumprir metas de inclusão no ensino médio e de educação integral do PNE:
— A partir de 2010 nós temos a solidificação do momento de boa avaliação econômica brasileira. Com isso, boa parte dos jovens acaba considerando que há outras oportunidades no mercado de trabalho que não a de docente. E a situação é alarmante porque, com as metas do PNE, vamos precisar de um número muito maior de professores na próxima década.
Mas o desinteresse pelo magistério é mais sentido por umas disciplinas do que por outras. Em alguns cursos, sequer houve declínio de licenciaturas. É o caso das Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia). De 2011 para 2012, o número de concluintes do grupo subiu 1%.
Já a área de Exatas (Matemática, Física, Química e Biologia) teve 13% a menos de formandos no mesmo período. E o drama para essas disciplinas é ainda maior se forem observados o período de 2010 para 2012, onde houve queda de 14% dos concluintes em Física, 13% em Biologia, 10% em Química e 21% em Matemática.
Não por acaso, essas matérias foram alvo do programa “Quero ser cientista, quero ser professor”, lançado em setembro pelo Ministério da Educação (MEC), que prevê a concessão de bolsas de R$ 150 a cerca de 100 mil alunos do ensino médio que manifestem vocação para a docência. Além da gratificação, os aspirantes a professor terão orientação de professores da escola onde estudam e de estudantes universitários de cursos de licenciatura.
Para o presidente do Inep, Luis Cláudio Costa, o programa é a principal aposta do governo federal para a valorização do professor. No entanto, Costa reconhece a dificuldade da tarefa:
— Não adianta, o estudante, a família e a sociedade procuram a carreira que é valorizada socialmente. Temos muitos jovens vocacionados para o ensino, que seriam excelentes professores, mas que estão procurando outras carreiras porque percebem que o magistério não é valorizado. É um desafio nosso, como ministério, fazer essa valorização.
Em algumas universidades do país, o desinteresse é visível em sala de aula. No Departamento de Matemática da Uerj, por exemplo, o segundo semestre de 2012 teve 100 alunos ingressantes, 16 formandos, e nada menos que 84 debandaram do curso. E essa proporção se repete em períodos letivos anteriores.
Testemunha da evasão na área de Exatas é a coordenadora do curso de graduação em Matemática da UFRJ, Márcia Fusaro. Segundo ela, nos últimos dois anos, muitos de seus alunos têm optado por trocar de curso, migrando geralmente para as Engenharias, ou simplesmente se contentando com o bacharelado. A cada ano, em média, seu departamento recebe cerca de 90 novos alunos, e forma outros 20:
— Temos uma evasão muito grande na Licenciatura. Eles mudam ao longo do percurso para outros cursos. A verdade é que Matemática não é um curso fácil, e muitos pensam que vão encarar um curso difícil para depois não obter o retorno do esforço intelectual. Portanto, a mudança de curso acaba sendo natural: o aluno que entra é jovem, e tem tempo para perceber que não era isso que ele queria. Se não houver a compatibilidade dos salários da docência com o mercado privado, realmente vamos perder profissionais que seriam excelentes professores — diz Márcia.
Pedagogia no sentido oposto
A queda em cursos de licenciatura não é verificada em outra área da educação: a Pedagogia. De 2002 a 2012, houve crescimento contínuo de 136% no número de matrículas, e 125% no de concluintes. Entretanto, diferentemente da licenciatura, o diploma de pedagogo só habilita o profissional a dar aulas nos primeiros anos do ensino fundamental.
Neste caso, no entanto, especialistas alertam que o crescimento da Pedagogia não necessariamente significa maior interesse pela educação. Mesmo ressaltando que ainda não há estudos que correlacionem a evolução dos cursos de graduação em Pedagogia e de licenciaturas, a pesquisadora em Educação da USP, Paula Louzano, cita a hipótese de que muitos usariam o título de pedagogo apenas como meio mais fácil de acesso ao ensino superior. Se confirmada essa tendência, a pesquisadora aponta que então o problema não seria necessariamente a falta de educadores, mas, sim, entender em quais setores profissionais estes pedagogos estariam atuando:
— A pergunta é se eles escolhem ou são escolhidos, se eles vão para carreira por falta de opção ou se eles querem mesmo. Talvez seja mais fácil passar para Pedagogia, que é menos especializado, do que numa Engenharia ou em Medicina, por exemplo. E a chance de eles conseguirem emprego em outras áreas é maior em Pedagogia do que em licenciatura. Então será que já temos muita gente formada que não está exercendo? Se for isso, a solução seria políticas de atratividade para a carreira, como salários, e não de formação.



De o globo

No Brasil, 92% das cidades gastam mais do que arrecadam


A grande maioria dos municípios brasileiros tem gastos públicos maiores do que o que sua economia gera de imposto sobre a produção, somando as arrecadações municipais, estaduais e federais. No total, apenas 417 cidades brasileiras geram mais dinheiro público do que gastos. Elas são as responsáveis pelo superávit usado nos outros 4.875 municípios que apresentam gastos maiores que o arrecadado em impostos.
Os números foram calculados pelo Estadão Dados com base na pesquisa do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios de 2011, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fim de dezembro. Eles mostram um retrato revelador de como a produção e geração de riqueza é extremamente concentrada no Brasil: a arrecadação total de impostos sobre a produção é de R$ 612 bilhões por ano, enquanto os gastos calculados pelo IBGE chegam a R$ 576 bilhões. No entanto, apenas 7,8% das 5.292 cidades que constam no levantamento geram mais impostos desse tipo do que gastam. Todo o resto do Brasil é deficitário.
Nessa conta, de acordo com a metodologia do órgão, não entram apenas os gastos públicos das prefeituras, mas todos os gastos das três esferas do Executivo. Além disso, investimentos não contam como gasto público - são levados em consideração apenas as despesas de custeio, ou seja, pagamento de aposentados, transferências de renda, salário de servidores, gastos de manutenção de órgãos públicos, entre outros. Já os impostos são aqueles que incidem sobre a produção, como IPI e ISS, já que o levantamento foi feito com base na lógica da oferta.
A concentração é impressionante: apenas a cidade de São Paulo gerou R$ 62 bilhões a mais do que gastou naquele ano - quase um décimo de toda a arrecadação com impostos sobre a produção em 2011. Esse impacto é quase compensado pelo gasto com a máquina pública em Brasília. Como a capital federal concentra boa parte do funcionalismo federal, os gastos da administração pública lá superam a arrecadação com impostos em R$ 59 bilhões.
Superávit
Além de São Paulo e capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Porto Alegre, os municípios que mais concentram atividades geradoras de receita são cidades portuárias como Santos (SP), Itajaí (SC) e Paranaguá (PR); polos industriais como São José dos Campos (SP), Betim (MG) e Camaçari (BA); e locais com forte economia agrícola, como Uberlândia (MG) e Luís Eduardo Magalhães (BA). Além disso, há cidades de menor porte onde estão localizados grandes fontes de recolhimento de impostos, como Confins (MG), sede do aeroporto que serve a capital daquele Estado.

É possível entender o perfil dos municípios deficitários quando se analisa os dados por unidade da federação. Com exceção do Distrito Federal, oito Estados nordestinos estão entre os dez com maior defasagem entre arrecadação e gastos públicos. Os outros dois são Pará e Rondônia. "A estrutura econômica de municípios mais pobres do Norte e do Nordeste é muito dependente de gastos públicos. Por isso, na nossa metodologia, resolvemos separar essa variável, que na verdade compõe o PIB dos serviços", explicou a responsável pela pesquisa do IBGE, Sheila Zani.

Morre aos 66 anos o cantor Nelson Ned



O cantor Nelson Ned d'Ávila Pinto, mais conhecido como Nelson Ned, morreu na manhã deste domingo (5) em Cotia, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Hospital Regional de Cotia, em que estava internado desde a tarde de sábado. Ele morreu em decorrência de "complicações clínicas". O horário do óbito não foi confirmado.
Ned foi internado em "estado grave", mas "estável", com uma "infecção respiratória aguda", pneumonia e problemas na bexiga. Com problemas financeiros e de saúde, o cantor vivia em uma casa de saúde em São Roque, interior de São Paulo, desde o dia 24 de dezembro.
"O pequeno gigante da canção", apelido que recebeu por seu 1m12 de altura, se consagrou na década de 60 como uma das vozes românticas mais famosas do Brasil. O sucesso internacional veio com a gravação de vários discos em espanhol.
Ídolo em países como Argentina, México e Colômbia, entre outros, Nelson Ned enfrentava problemas de saúde há vários anos, que se agravaram em 2003, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

Como consequência do AVC, o intérprete de "Tudo Passará" perdeu a visão de um olho e precisava se locomover com a ajuda de uma cadeira de rodas, além de enfrentar diabetes, hipertensão arterial e o diagnóstico de Mal de Alzheimer em fase inicial.

Ned se converteu nos anos 90 à religião evangélica e, desde então, interpretava com sucesso músicas gospel, também em português e espanhol.

Com 45 milhões de cópias de discos vendidos em todo o mundo, Ned foi o primeiro latino-americano a vender um milhão de discos no mercado dos Estados Unidos, onde se apresentou junto do espanhol Julio Iglesias e do americano Tony Bennett, lotando três vezes o mítico Carnegie Hall, em Nova York. Ainda na Big Apple, o cantor se apresentou no famoso Madison Square Garden.

Polícia Militar prende suspeito de comandar ações criminosas em São Luís

A Polícia Militar prendeu, na noite deste sábado (4), sete pessoas suspeitas de participar dos ataques a quatro ônibus e a uma delegacia de polícia em São Luís.
No bairro da Ilhinha, a PM prendeu Dunga, Luís Gustavo, Frazão, Piranha, Luluca e Acerola.
Em um apartamento no Monte Castelo, a Polícia Militar prendeu o meliante Hilton John Alves Araújo, 27 anos, conhecido no mundo do crime como “Praguinha”, condenado a 20 anos em regime fechado, por crime de homicídio. Ele estava em liberdade condicional desde o dia 21 de novembro de 2013. A Polícia deve divulgar, oficialmente, o nome completo e a idade de todos os detidos neste domingo.
A Polícia identificou Praguinha como o cabeça das ações criminosas que deixaram ônibus incendiados na noite de ontem, em São Luís. No seu celular, foram encontradas mensagens de comando para queimar coletivos e atacar policiais. Também foram achadas mensagens de texto com o nome do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, preso na penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
De acordo com informações, Praguinha recebia ordens de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas do detento chamado Jorge Henrique Amorim Martins, 21 anos (conhecido como “Dragão”), preso em flagrante no dia 27 de dezembro de 2012, por roubo, preso no Centro de Detenção Provisória (CDP).
Cerca de 400 homens da Polícia Militar intensificam ações nas ruas da capital, a fim de prender outros envolvidos. As operações continuam neste domingo. A Polícia tem ido às ruas e não tem se intimidado perante a criminalidade.








SSP – NOTA (sobre prisões)
A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) informa que a operação conjunta das Polícias Civil e Militar, realizada a partir das 17h30 deste sábado, resultou nas prisões de 3 (três) integrantes do grupo que praticou atos de vandalismo ocorridos em São Luís na noite de sexta-feira (3).
Entre os presos na operação, está o que comandou as ações, Hilton John Alves Araújo, 27 anos (conhecido como “Praguinha”), condenado a 20 anos em regime fechado, por crime de homicídio.
“Praguinha” esteve foragido no ano de 2012, quando recebeu da Justiça o benefício de indulto de Natal e não retornou à Penitenciária de Pedrinhas. A polícia conseguiu prender Hilton Araújo novamente em janeiro de 2013, mas em outubro passado a Justiça concedeu a ele, mais uma vez, a liberdade – deu ordem de soltura por considerar que havia decurso de prazo (morosidade) no recurso interposto contra sua condenação.
A SSP também informa que já foi identificado o preso que, de dentro do Complexo Penitenciário, deu a ordem para as ações na noite de sexta-feira (3). Trata-se de Jorge Henrique Amorim Martins, 21 anos (conhecido como “Dragão”), preso em flagrante no dia 27 de dezembro de 2012, por roubo qualificado.
Desde a sexta-feira (3), logo após os atos ocorridos na capital, 8 pessoas já foram presas e um adolescente apreendido. Todos os envolvidos nas ações de vandalismo ocorridas na sexta (3), em São Luís.

Assassinato e ataque a delegacia a tiros na noite de sábado em São Luis



























Mesmo com todo o aparato policial nas ruas e avenidas de São Luís na noite de sábado(04), assaltantes e homicidas não se intimidaram e realizaram vários delitos na cidade. Um dos casos de violência foi registrado no Conjunto São Raimundo. 

Por volta de 22h30, Hilton Paulo Pereira de Jesus, de 19 anos, foi assassinado com vários tiros quando se encontrava  com amigos participando de uma comemoração na associação, nas proximidades da praça. Os disparos foram efetuados por três elementos que estavam um veículo Celta prata, de placa NHT-2044. Outra pessoa foi atingida com os disparos, sendo levada ao Socorrão II. 

Pelas informações de policiais, o crime tem características de acerto de contas, pois a vítima mora na Rua 36, no Conjunto São Raimundo, numa área onde o tráfico de drogas seria muito forte. A polícia não soube informar se a outra pessoa atingida seria outro alvo dos homicidas.

Bandidos disparam contra a delegacia da Liberdade


A ousadia dos bandidos não tem limites. Sem temer as operações desencadeadas pela PM, bandidos dispararam tiros contra a delegacia do bairro Liberdade. Os tiros atingiram, ainda, uma viatura da polícia. Os atiradores estavam em um Celta prata.



Roseana tem até amanhã para explicar violência

A governadora do Maranhão, Roseana Sarney, tem até segunda-feira (6) para prestar informações ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sobre as providências tomadas para evitar novas mortes no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, informa a Agência Brasil. Este ano, dois detentos morreram no interior do presídio. Um deles foi encontrado morto em uma cela de triagem com sinais estrangulamento e o outro foi vítima de golpes de uma arma artesanal com ponta de ferro aguda, semelhante a uma lança (chuço), durante briga de integrantes de uma facção criminosa. No ano passado, 60 pessoas morreram no interior do presídio, segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O documento foi produzido com base em inspeções no sistema prisional do Maranhão, em parceria com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), presidido por Janot. O pedido de informações foi encaminhado pelo procurador-geral no dia 19 de dezembro, após a morte de cinco presos – três deles decapitados - em uma briga entre facções no Centro de Detenção Provisória de Pedrinhas. As respostas da governadora poderão subsidiar um eventual pedido de intervenção federal no estado devido à situação dos presídios. O possível pedido também levará em conta o relatório do CNJ, que destaca a necessidade de se intensificar a cobrança, para que as autoridades maranhenses cumpram as recomendações feitas pelo próprio Conselho, pelo CNMP e pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em dezembro, também em razão das mortes provocadas por brigas entre facções rivais em Pedrinhas, a OEA pediu ao governo brasileiro a redução imediata da superlotação das penitenciárias maranhenses e a investigação dos homicídios ocorridos. Na noite de ontem (3), foram registrados quatro atos de vandalismo envolvendo incêndio a ônibus em São Luís. Na avaliação das autoridades, os ataques foram em reação às medidas adotadas para combater a criminalidade nas unidades prisionais da capital, que receberam reforço da Polícia Militar no fim de dezembro. O governo maranhense informou que identificou os mandantes e os executores dos atos. Em nota divulgada em seu site, o governo reafirma que "não compactua com atos de violência e que continua agindo em conjunto com todos os setores e órgãos que atuam na defesa dos direitos humanos e daqueles que promovem a garantia da justiça e segurança", e informa que a Polícia Militar está adotando providências complementares nas unidades prisionais de São Luís, entre elas "a ampliação da vigilância com videomonitoramento, a intensificação das revistas nas celas e o aumento da fiscalização interna com o Batalhão de Choque e da fiscalização externa com rondas". 

Inscrições para o Sisu serão abertas amanhã

Brasília – A partir de amanhã (6) os estudantes que querem concorrer a uma vaga de ensino superior em instituições públicas podem se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A inscrição é feita exclusivamente pela internet e vai até o dia 10. No site do programa os estudantes já podem consultar as vagas disponíveis em pelo menos 115 instituições.
Pode se inscrever no Sisu quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 e não tirou nota zero na redação. O estudante vai precisar do número de inscrição e da senha no Enem. O candidato que estiver sem o número da inscrição ou a senha poderá recuperá-los no site do exame.
O estudante concorre às vagas disponíveis no Sisu com as notas no Enem, mas não é preciso tê-las em mãos no momento da inscrição. Quando o candidato insere no site o número de inscrição e a senha, o Sisu recupera, automaticamente as suas notas obtidas no exame.
Ao se inscrever no Sisu, o participante pode escolher até duas opções de curso, por ordem de preferência. É possível mudar estas opções durante todo o período de inscrição. O candidato também precisa definir se deseja concorrer às vagas de ampla concorrência, às vagas reservadas à lei federal de cotas ou às vagas destinadas às demais políticas afirmativas das instituições. Pela lei federal de cotas, as instituições devem reservar pelo menos 25% das vagas do Sisu para alunos que fizeram todo o ensino médio em escolas públicas.
Algumas instituições adotam notas mínimas para inscrição em determinados cursos. Se a nota do candidato não for suficiente para concorrer àquele curso, o sistema emitirá uma mensagem com esta informação.
Uma vez por dia, o Sisu calcula a nota de corte para cada curso com base no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso por modalidade de concorrência. A nota de corte é a menor nota para ficar entre os potencialmente selecionados. Ela é apenas uma referência para auxiliar o candidato a monitorar sua inscrição e não é garantia de seleção para a vaga ofertada.
Durante o período de inscrição o candidato pode consultar sua classificação parcial na opção de curso escolhido em seu boletim na página do Sisu. Essa classificação é apenas uma referência e pode ser vista pelo estudante durante o período em que o sistema estiver aberto para as inscrições.

Ao final do período de inscrição, é divulgada a lista de selecionados e o boletim de acompanhamento irá trazer a classificação e resultado final. O candidato que não for selecionado em nenhuma das duas opções de curso nas chamadas regulares e aquele selecionado na segunda opção poderá aderir posteriormente à lista de espera. O resultado da primeira chamada será divulgado no dia 13 de janeiro e o da segunda, no dia 27.