As Forças Armadas brasileiras
iniciaram hoje (10) a Operação Ágata 8, com o objetivo de combater crimes e
irregularidades na fronteira brasileira. Este ano, em função da Copa do Mundo,
a ação vai abranger toda a extensão da fronteira, que tem 16,8 mil quilômetros.
O mesmo ocorreu em 2013, motivado pela visita do papa Francisco e da realização
da Copa das Confederações. Nas seis primeiras edições, nos anos de 2011 e 2012,
a operação patrulhou somente pontos estratégicos.
Para
dar conta do patrulhamento, cerca de 30 mil militares do Exército, Marinha e
Aeronáutica foram destacados. Além desse contingente, participarão agentes da
Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar dos estados
envolvidos. Também vão colaborar profissionais da Receita Federal e de agências
governamentais como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Agência
Nacional de Aviação Civil (Anac). Eles estarão atentos aos principais crimes
fronteiriços, como tráfico de drogas e armas, contrabando, crimes ambientais e
imigração, além de garimpo ilegais, por exemplo.
De acordo com a assessoria de
comunicação do Ministério da Defesa, o posicionamento das tropas para início da
Ágata 8 começou na última semana e a ação foi oficialmente deflagrada às 8h de
hoje. Ainda segundo a assessoria, não há prazo para o fim da movimentação, já
que isso dependerá dos desdobramentos da fiscalização. No entanto, ao fim será
divulgado um balanço.
A
Operação Ágata 8 é parte do Plano Estratégico de Fronteiras, criado pela
presidenta Dilma Roussseff em 2011. Antes da deflagração, o governo brasileiro
manteve contato com os dez países vizinhos para repasse de informações sobre o
emprego do aparato militar. A operação está sob comando do ministro da Defesa,
Celso Amorim, e do general José Carlos De Nardi, chefe do Estado-Maior Conjunto
das Forças Armadas.