Rio de Janeiro – O
número de postos de trabalho com carteira assinada cresceu 3,1% em novembro
deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao mesmo tempo, os
empregos sem carteira assinada recuaram 12,2%, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego
(PME), divulgada hoje (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Outro ponto positivo do
mercado de trabalho em novembro deste ano, que apresentou a taxa de desemprego
mais baixa da série histórica iniciada em 2002 (4,6%) foi o aumento de 3% do
rendimento real do trabalhador, entre novembro de 2012 e novembro deste ano. O
valor atingiu R$ 1.965,20, também o maior da série histórica.
Apesar disso, não houve
aumento dos postos de trabalho nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pela
PME, já que o número se manteve em 23,3 milhões em novembro. Segundo o IBGE, a
redução da taxa de desemprego dos 4,9% em novembro do ano passado para 4,6% em
novembro deste ano foi devido à entrada de 800 mil pessoas na inatividade. Ou
seja, essas pessoas pararam de procurar emprego e, portanto, de pressionar o
mercado de trabalho.
Segundo o gerente de
Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo apesar de não haver crescimento do
número de postos de trabalho, houve uma melhora qualitativa. “Houve um aumento
do número de empregos com carteira assinada e o rendimento do trabalhador
atingiu um nível recorde”, disse Azeredo.
Entre os sete
grupamentos de atividades pesquisados, os postos de trabalho mantiveram-se
estáveis em cinco deles. Houve reduções dos postos apenas na indústria (-3,9%)
e nos serviços domésticos (-12,2%).
“Essa queda da indústria,
nesta época do ano, é um dado preocupante. Em relação à queda nos serviços
domésticos, isso não é novidade. Tem a ver com aumento da escolaridade, com a
oportunidade de trabalhar em outros nichos. O segmento já representou 7% a 8%
do mercado de trabalho e hoje representa apenas 5%. Não vemos relação disso com
a PEC das domésticas, já que essa tendência já vinha sendo observada antes”,
disse Azeredo.
A média da taxa de
desemprego para os 11 primeiros meses do ano é 5,5%. Como em geral, a taxa de
dezembro é a mais baixa do ano, 2013 deve ter uma taxa média inferior à
observada em 2012, que havia sido 5,5%.
A taxa de desemprego no país fechou o mês de novembro em 4,6%. O
dado foi divulgado hoje (19) na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a menor taxa desde
dezembro de 2012, que também foi 4,6%. O índice é também inferior ao registrado
em novembro de 2012 (4,9%). Em outubro deste ano, a taxa havia sido de 5,2%.
“Essa redução da
desocupação vem em decorrência do aumento da inatividade. Não houve aumento do
número de postos de trabalho. Parte dessa população pode ser de gente que já
acertou emprego para dezembro, mas ainda não está atividade. Outra porção pode
ser em decorrência de desalento [acha que não vai conseguir trabalho]”, disse o
gerente de Trabalho e Renda do IBGE, Cimar Azeredo.
O contingente de pessoas
desempregadas (1,1 milhão) caiu 10,9% em relação a outubro, mas manteve-se
estável na comparação com novembro de 2012. Já o contingente de empregados
(23,3 milhões de pessoas) manteve-se estável em ambas comparações.
O número de
trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,8 milhões) ficou
estável em relação a outubro deste ano, mas cresceu 3,1% na comparação com
novembro do ano passado.
Entre as categorias
profissionais, todas mantiveram praticamente o mesmo número de postos de trabalho
de outubro. Na comparação com novembro do ano passado, o comportamento foi
semelhante para a maioria das categorias, com exceção da indústria, que teve
queda de 3,9% (menos 145 mil postos de trabalho), e dos serviços domésticos,
com redução de 12,2% (menos 186 mil postos).