Em um
período de tempo inferior a 6 horas, Bruno Ferreira de Bonfim, o “Rado”, de 30
anos; e Paulo Henrique Dias dos Santos, 18, foram executados a tiros na capital
maranhense. Os casos aconteceram entre as 7h e 12h de ontem (15). De acordo com
informações colhidas pela reportagem, o primeiro morreu na Areinha e o outro no
Alto do Parque Timbiras – área do Parque Timbiras. As duas vítimas, segundo a
polícia, já tinham passagens por delegacias.
“Rado”, de acordo com o delegado Marco Antônio, da Delegacia de
Homicídios (DH), era morador da Travessa Neiva Moreira, no Bairro de Fátima, e
estava sentado na Rua G, da Vila dos Sapos – região da Areinha, quando os
suspeitos atiraram nele. Assim que teve início o tiroteio, a vítima teria
corrido; mas foi alcançada e executada. Ao conversar com populares, Marco
Antônio descobriu que os atiradores desembarcaram de um Gol prata, sendo um
deles reconhecido como “Negueba”.
Investigadores da DH relataram que Bruno Ferreira recebeu oito
disparos em diversas partes do corpo, como peito, braço, perna e coxa. Colhendo
declarações de moradores da área – que se localiza entre o BF e a Areinha –, o
delegado Marco Antônio descobriu que o “Rado” era ex-presidiário do Complexo de
Pedrinhas, por tráfico de entorpecentes. Com os familiares, o delegado ficou
sabendo que a vítima era natural do Rio de Janeiro, tendo nascido na cidade de
Nilópolis.
Por
volta das 12h, foi a vez de Paulo Henrique ser executado, a tiros e pauladas.
Desconhecidos teriam o cercado em um terreno baldio pertencente à Rádio
Capital, no Alto do Parque Timbiras. Peritos do Instituto de Criminalística
(Icrim) repassaram para o delegado Marco Antônio que, primeiro, os suspeitos
deferiram pauladas na cabeça da vítima para, em seguida, efetuarem sete
disparos, atingindo braço direito, pernas, cabeça e coxa.
Morador da Rua 4, no Bom Jesus (área do Polo Coroadinho), Paulo
Henrique teria ido ao local em companhia de um rapaz identificado como Bruno.
Por um momento, este saiu do terreno, e quando retornou, encontrou o amigo
morto. Foi ele quem avisou à família sobre o assassinato do jovem. Parentes da
vítima disseram que o rapaz executado no Parque Timbiras tinha inúmeras
passagens policiais por assalto, especialmente quando era adolescente.
ACHADO DE CADÁVER NA LITORÂNEA – Na manhã de ontem, em torno das 9h30,
vendedores ambulantes descobriram o corpo de um homem estendido em uma área de
mato da Avenida Litorânea. No cadáver, havia marcas de tiros e ferimentos
decorrentes de pauladas, conforme exames periciais.
A
vítima, segundo flanelinhas, era conhecida como “Baixinho”, e ganhava a vida
guardando carros estacionados na referida via. Foi dito, ainda, que ele seria
usuário de crack, e tinha montado uma espécie de “acampamento” no matagal no
qual o encontraram morto. Lá, havia uma rede armada entre árvores, cadeiras de
plástico e uma moradia feita de lona.
O local fica situado nas imediações de um estacionamento, nas
proximidades do quiosque Casa do Caranguejo. Pessoas que afirmaram ter ouvido
os disparos contaram à polícia que “Baixinho” foi executado na noite de
segunda-feira (14), perto das 19h. Segundo as testemunhas, alguns homens invadiram
o espaço onde os carros ficam estacionados e subiram a área coberta pelo mato;
momento no qual teriam matado a vítima.