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segunda-feira, 26 de maio de 2014

Maranhão é líder no ranking de mortalidade prematura


Dados de relatório do Tribunal de Contas da União, (TCU) com um diagnóstico da saúde no país indicam que o estado é que tem o maior percentual de óbitos entre as pessoas mais jovens


O indicador usado para definir estatísticas relacionadas a estes dados é denominado (AVPV) indicador “Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP)”, que é obtido pela multiplicação do número de óbitos de cada faixa etária pela quantidade de anos restantes até os 70 anos.
Em relação a este indicador é grande a disparidade entre os estados brasileiros. Santa Catarina, que tem a menor quantidade de mortes prematuras por 100.000 habitantes do país, é listada no relatório com um total de 5. 255 para cada 100.000 pessoas residentes no estado.
O Maranhão, que lidera este indicador, registra quase o dobro de Santa Catarina com um total de 10.366 mortes prematuras para cada 100.000 habitantes. Os dados que constam no relatório do TCU têm como fonte o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Hospitais fechados
Um dos fatores que contribui para o alto índice de mortalidade prematura no Maranhão é a carência da rede hospitalar do Estado. O programa “Saúde é Vida”, anunciado pela governadora Roseana Sarney como o maior investimento em Saúde no país até agora não conseguiu atingir a promessa de construção de 72 hospitais.
O programa foi anunciado desde 2009, quando o governo do Estado garantiu inclusive através de outdoor que entregaria as 72 unidades até o final de 2013. Entre os hospitais que foram entregues pelo programa, alguns estão fechados, a exemplo da unidade de Zé Doca.

Semana passada, o site Maranhão da Gente divulgou a denúncia do fechamento do hospital daquela cidade, feita pelo deputado estadual Othelino Neto (PCdoB). Em 2013, o programa “Profissão Repórter”, da Rede Globo veio ao Maranhão e constatou que na cidade de Paulino Neves, um dos hospitais inaugurados pelo programa não funciona pela falta de médicos.

Selic deve se manter em 11% ao ano na reunião do Copom nesta semana


As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) não esperam por elevação da taxa básica de juros, a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para amanhã (27) e quarta-feira. Essa expectativa faz parte da pesquisa semanal do BC sobre os principais indicadores econômicos.
Atualmente a Selic está em 11% ao ano, após passar por nove altas seguidas. Apesar de não esperar por alta da taxa básica neste mês, as instituições financeiras acreditam que ao final de 2014, a Selic estará em 11,25% ao ano. Para o fim de 2015, a projeção caiu de 12,25% para 12% ao ano.
A Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação. Quando o Copom do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Cabe ao BC perseguir a meta de inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A meta tem como centro 4,5% e limite superior em 6,5%. De acordo com a projeção das instituições financeiras o IPCA pode ficar muito próximo do teto da meta, em 6,47%. Essa foi a segunda alta seguida na estimativa. Na semana passada, a previsão era 6,43%. Para 2015, a projeção foi mantida em 6%.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 6,87% para 6,83%, em 2014, e segue em 5,50%, em 2015. Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada de 7,11% para 6,97%, este ano, e em 5,50%, em 2015.
A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de 5,94% para 6,10%, este ano, e de 4,8% para 5%, em 2015.
A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi ajustada de 1,62% para 1,63%, este ano, e de 2% para 1,96%, em 2015.
A projeção para a cotação do dólar permanece em R$ 2,45, em 2014, e em R$ 2,51, no próximo ano.


Presos de Pedrinhas fazem familiares reféns por lista de exigências

Um princípio de tumulto foi registrado, neste domingo (25), na Central de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas, em São Luís. Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), detentos do Bloco D impediram a saída de familiares após o horário destinado às visitas.
É o segundo incidente registrado na unidade em apenas dois dias. Na sexta-feira (23), um princípio de motim foi contido quando detentos que integram uma facção criminosa e que estão no Bloco C tentaram invadir o Bloco D, composta por presos de uma facção rival. Agentes do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram chamados e rapidamente contiveram as ações.
De acordo com a Sejap, a medida foi tomada para fazer exigências, como a instituição de visitas íntimas; a entrega de novos colchões e a troca de monitores. Outra exigência é o banho de sol coletivo, já que atualmente é feito por blocos, instituído pela Sejap como medida de segurança para os próprios detentos” e que “não há registro de reféns”.
Em nota enviada à imprensa por volta das 19h, a Sejap afirma que os familiares dos presos foram liberados à medida que entregavam a lista de exigências. A nota informa, também, que “a Sejap negocia as solicitações dos presos”.
No entanto, membros da Comissão de Direitos Humanos da OAB Maranhão consideram que os familiares foram transformados em reféns. “São 32 familiares lá dentro e nossa intenção é proteger a vida das pessoas que estão lá dentro. Já revisei a pauta de reivindicações e vários pontos podem ser atendidos. Os presos alegam que não são reféns, mas ao mesmo tempo esses familiares não podem sair. Então nós estamos considerando sim que eles são reféns”, disse o advogado Antônio Pedrosa, integrante da comissão.
Pedroza informou que as negociações foram suspensa. “Sem avanços”, afirmou.
Leia a íntegra da nota emitida pela Sejap:
A Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) informa que não há registro de reféns na Central de Presos de Justiça (CCPJ) de Pedrinhas, no fim da tarde deste domingo (25).
Sobre o ocorrido, esclarece que alguns familiares foram retidos pelos próprios parentes presos no Bloco D, daquela unidade, após o horário de visitas.
Os presos que não deixaram os familiares saírem entregaram lista de exigências, como o banho de sol coletivo (hoje é feito por bloco, para garantir a segurança dos próprios detentos); a instituição de visitas íntimas; a entrega de novos colchões e a troca de monitores.
Os familiares estão sendo liberados pelos presos e, neste momento, a Sejap negocia as solicitações dos presos.