Dados
de relatório do Tribunal de Contas da União, (TCU) com um diagnóstico da saúde
no país indicam que o estado é que tem o maior percentual de óbitos entre as
pessoas mais jovens
O indicador usado para definir estatísticas
relacionadas a estes dados é denominado (AVPV) indicador “Anos Potenciais de
Vida Perdidos (APVP)”, que é obtido pela multiplicação do número de óbitos de
cada faixa etária pela quantidade de anos restantes até os 70 anos.
Em relação a este indicador é grande a disparidade
entre os estados brasileiros. Santa Catarina, que tem a menor quantidade de
mortes prematuras por 100.000 habitantes do país, é listada no relatório com um
total de 5. 255 para cada 100.000 pessoas residentes no estado.
O Maranhão, que lidera este indicador, registra quase
o dobro de Santa Catarina com um total de 10.366 mortes prematuras para cada
100.000 habitantes. Os dados que constam no relatório do TCU têm como fonte o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Hospitais
fechados
Um dos fatores que contribui para o alto índice de
mortalidade prematura no Maranhão é a carência da rede hospitalar do Estado. O
programa “Saúde é Vida”, anunciado pela governadora Roseana Sarney como o maior
investimento em Saúde no país até agora não conseguiu atingir a promessa de
construção de 72 hospitais.
O programa foi anunciado desde 2009, quando o governo
do Estado garantiu inclusive através de outdoor que entregaria as 72 unidades
até o final de 2013. Entre os hospitais que foram entregues pelo programa,
alguns estão fechados, a exemplo da unidade de Zé Doca.
Semana passada, o site Maranhão da Gente divulgou a
denúncia do fechamento do hospital daquela cidade, feita pelo deputado estadual
Othelino Neto (PCdoB). Em 2013, o programa “Profissão Repórter”, da Rede Globo
veio ao Maranhão e constatou que na cidade de Paulino Neves, um dos hospitais
inaugurados pelo programa não funciona pela falta de médicos.