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domingo, 16 de março de 2014

Em 10 anos, R$ 11,9 bilhões deixaram de ser sacados do Bolsa Família


Em aproximadamente dez anos de duração do Bolsa Família, R$ 11,9 bilhões deixaram de ser sacados pelas famílias favorecidas em todo o país, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). O valor representa 9,5% do total disponibilizado pelo governo federal no período – R$ 124,8 bilhões.
Os dados são de outubro de 2003, quando o programa foi lançado, até agosto do ano passado – data das informações mais recentes do ministério.
Através do Bolsa Família, o governo deposita mensalmente uma quantia para os beneficiários, que são famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Os saques são feitos por meio de um cartão magnético, e o valor repassado depende do tamanho da família, da idade dos membros e da renda.
De acordo com o ministério, quando o repasse mensal não é sacado em até 90 dias, ele "volta ao orçamento do MDS, sendo utilizado para pagamento de outros beneficiários".
"Aproveitamos para destacar que toda e qualquer transferência de renda apresenta diferenças entre valores emitidos (a folha de pagamentos) e valores pagos (valores efetivamente sacados). Isso ocorre com benefícios previdenciários e assistenciais, com benefícios de emprego (seguro-desemprego, abono salarial) e também com transferências condicionadas, como é o caso do Bolsa Família. Não se trata, portanto, de uma particularidade desse último tipo de programa, mas de uma característica de toda transferência de renda", informou o órgão, por e-mail, ao G1.
Os anos iniciais do programa tiveram uma proporção de benefícios não sacados mais elevada do que a média dos 10 anos. Em 2003, foram disponibilizados R$ 3,2 bilhões, mas apenas R$ 525,2 milhões foram retirados. Ou seja, 2,7 bilhões não foram sacados – ou 83,6%.
Em 2004 e 2005, os índices continuaram elevados, mas começaram a cair – 38% e 21,9%, respectivamente. Os números começaram a declinar até se estabilizar em torno de 4% nos últimos três anos. Entre janeiro e agosto de 2013, de R$ 16,4 bilhões, R$ 631,4 milhões não foram sacados (3,8%).
Segundo o ministério, "a melhoria da qualidade da informação do Cadastro Único e o esforço da rede de assistência social e do agente pagador (Caixa Econômica Federal) para a melhoria na entrega dos cartões explicam o aumento da efetividade de pagamento".
Em muitas prefeituras, o setor responsável não consegue localizar todas as famílias que participam do programa porque os cadastros estão desatualizados. Sem a atualização, as famílias podem perder o direito ao benefício.
É o que aconteceu em julho do ano passado nas cidades paulistas de Sorocaba, Votorantim, Piedade e Araçoiaba da Serra, em que funcionários públicos iniciaram buscas às famílias que estavam cadastradas no programa, mas não estavam sacando, para evitar que o orçamento voltasse ao governo federal.
“Nós acreditamos que sejam pessoas que mudam muito de endereço, de cidade, e até de estado”, disse a secretária de Cidadania de Votorantim, Ana Kriguer Rodrigues, na época.
Balanço do ano
Em 2014, o governo disponibilizou R$ 24,9 bilhões para o Bolsa Família – alta de 17,6% em relação a 2012 e de 348,9% em relação a 2004, primeiro ano completo do programa. O ministério não informou a evolução de beneficiários desde 2003 – apenas que, em dezembro de 2013, 14 milhões de famílias constavam da lista de favorecidos.
A maioria estava no Nordeste – 7 milhões, metade dos beneficiados do país. A região é seguida por Sudeste (3,6 milhões), Norte (1,7 milhões), Sul (1 milhão) e Centro-Oeste (768,6 mil).
Já entre os estados, o campeão em números absolutos é a Bahia (1,8 milhão), seguido por São Paulo (1,4 milhão), Minas Gerais (1,2 milhão), Pernambuco (1,1 milhão) e Ceará (1 milhão).

Os estados com menos beneficiados são também os menos populosos do país, segundo dados de 2012 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): Acre (78 mil), Amapá (53,6 mil) e Roraima (46,7 mil).

Proncon-MA divulga nome das empresas com o maior número de reclamações em 2013

A relação com os nomes das 30 empresas que tiveram o maior número de reclamações dos consumidores em 2013 foi divulgada neste sábado (15) pelo Proncon- MA, órgão responsável por registrar, promover e executar a Política das Relações de Consumo. Na relação estão inseridos nomes de empresas dos mais diversos seguimentos do mercado.

Em primeiro lugar está a Eletromil, que oferecia compra premiada e lesou centenas de consumidores em todo o estado. Dos problemas apresentados pelos clientes, apenas 2, 94% de acordo com o Procon foi solucionado.

Em segundo lugar está a empresa de telefonia Oi, que ao longo dos anos tem causado transtornos aos consumidores por causa das falhas em ligações realizadas e interrompimento na prestação dos serviços, por conta desses problemas 569 reclamações foram registradas no órgão e a maioria delas 94,90% são resolvidas pela Oi.

Prestadores de serviço de água e esgoto, energia, bancos e empresas de eletrodomésticos também estão na relação.

Confira  a lista completa de empresas com o maior número de reclamações 2013

1 - Eletromil
2 - Oi
3 - Eletromil Eletrodomésticos
4 - Caema
5 - Cemar
6 - CCE/Digibras/Lenovo
7 - Bradesco
8 - Banco do Brasil
9 - Whirlpool/Multibras/Consul/Brastemp/Compra Certa
10 - Claro/Embratela
11ª - Máquina de Vendas
12ª – Itaú
13ª - Comércio Varejista de Eletrodomésticos Eletromoto ltda
14ª Banco BMG
15º Caixa
16º B2W/Lojas Americanas
17º Electrolux
18º Mabe Eletrodomésticos/General Electric/Dako
19º Esmaltec
20º  Samsung
21º Tim/Intelig
22º SKY
23º Santander
24º Motorola
25º Unimed
26º Votorantin
27º Nokia
28º Novo Mundo
29º HSBC
30º Magazine Liliani S/A



Preso morre eletrocutado em unidade prisional de São Luís

O preso Djalma de Sousa Teles Junior, de 21 anos, foi encontrado morto na Unidade Prisional de Ressocialização (UPR) do Olho d'Água, em São Luís, por volta das 21h de sexta-feira (14). A causa da morte foi eletroplessão, conforme consta no relatório de crimes da Secretaria de Segurança Pública, o que significa morte provocada pela exposição do corpo a uma carga letal de energia elétrica.

Com este, sobe para sete o número de presos mortos no sistema prisional maranhense este ano. Quatro mortes aconteceram no Complexo de Pedrinhas, uma na Central de Custódia Preso de Justiça (CCPJ) do Anil, em São Luís, e outra no Centro de Ressocialização de Presos de Santa Inês, no interior do estado, além deste último registro, na UPR do Olho d'Água.

Somente no mês de março, este já é o segundo caso. No dia 1º, um detento foi encontrado morto no Centro de Detenção Provisória do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, segundo a Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão (Sejap). O preso fo identificado como Pedro Elias Martins Viegas, de 31 anos. Ele era conhecido como Jacaré e integrava uma facção criminosa da capital maranhense. Segundo a secretaria, o detento já tinha sido preso três vezes por envolvimento com tráfico de drogas e formação de quadrilha.

De acordo com relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entregue no dia 27 de dezembro, 60 detentos morreram em presídios do Maranhão no ano passado.


A Secretaria de Estado de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) ainda não se posicionou sobre o assunto.