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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Policia prende acusados de tramar mortes de policiais

Policiais Militares do 15º Batalhão de Polícia Militar, que trabalham na cidade de Vitorino Freire, na região do Mearim, prenderam na tarde de ontem (20), Natanael Nascimento Lima, 28 anos, residente na Rua José Patrício de Sousa.
Em poder de Natanael a polícia encontrou 02 (dois) rifles, calibre 44; 01 (um) celular; 02 (duas) munições calibre. 38; 01 (um) cordão de cor amarelo; porta-cédula e documentos pessoais. Quando foi preso, Natanael estava em companhia de Amanda Lopes Araújo, que também foi levada à delegacia.
Segundo levantamentos do Serviço de Inteligência (SI), o acusado Natanael, estaria tramando a morte de policiais militares. Que inclusive a morte do Sargento B. Costa, custaria R$ 40 mil. Ao ser detido negou todas as acusações. (iDifusora)

Construtora ligada a Roseana será investigada por aliciar trabalhadores


Reportagens da jornalista Claudia Rolli, publicadas na Folha de S. Paulo de ontem (20), revelam que a construtora baiana OAS vai ser investigada pelo Ministério do Trabalho (MT) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por usar uma rede de aliciamento de operários – trazidos do Maranhão, do Piauí, da Bahia e de Pernambuco, recrutados por “gatos” (agenciadores) – para trabalhar nas obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana da capital Paulista. Em setembro, uma fiscalização do MT e do MPT flagrou os operários vivendo em condições degradantes nos alojamentos da OAS. A construtora – cujo dono é César de Araújo Mata Pires, genro do falecido senador e cacique político baiano Antonio Carlos Magalhães – é ligada à governadora Roseana Sarney (PMDB) desde o ano 2000, e sempre aparece como uma das maiores doadoras das campanhas eleitorais de políticos do grupo Sarney.
Ao ser flagrada pela fiscalização – que autuou a OAS por ter encontrado 111 trabalhadores em condições de risco à saúde e à segurança, num alojamento da construtora em Guarulhos –, a OAS informou que estava “tomando as devidas providências”, que desconhecia os fatos, que não mantinha pessoas alojadas na obra e não utilizava intermediários na contratação.
No entanto, há cerca de 15 dias, a OAS fez um acordo judicial e vai pagar R$ 15 milhões para compensar danos causados aos trabalhadores na obra de Guarulhos.
O acordo prevê que a empresa vai pagar os R$ 15 milhões de forma parcelada e o montante será usado para melhorar os alojamentos dos trabalhadores, em projetos sociais e para fornecer leitos aos empregados não residentes em Guarulhos.
Em São Paulo, foram resgatados, neste ano, 265 trabalhadores em condições consideradas degradantes de trabalho – 111 deles na construção civil, 75 setor no setor têxtil e os demais da área rural. Em 2012, haviam sido 239.
OAS E ROSEANA – No ano 2000, sob a gestão Roseana Sarney, a Companhia de Águas e Esgotos do Maranhão (Caema, atual Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão), por força de convênio com o Ministério da Integração Nacional, contratou as empreiteiras OAS e Gautama (de Zuleido Veras, apontado pela PF como pivô da máfia das obras no país) para uma obra da adutora Italuís 2, orçada então em R$ 300 milhões (mais de R$ 540 milhões em valores atualizados).
A OAS e a Gautama dividiram meio a meio o bolo. A União seria a principal fonte do desvio dos recursos, não fosse uma ação cautelar movida pelo Ministério Público Federal, que embargou os pagamentos em favor das empreiteiras.
alojamento precário 1
Ao ser flagrada pela fiscalização – que autuou a OAS por ter encontrado 111 trabalhadores em condições de risco à saúde e à segurança, num alojamento da construtora em Guarulhos
Dados oficiais indicam que a OAS e a Gautama receberam R$ 31 milhões (em valores da época) antes que a Justiça mandasse interromper os novos repasses.
O Italuís 2, duplicação do sistema de captação e tratamento de água para abastecimento da capital, não saiu do papel, pois o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou “indícios de irregularidades graves”, como superfaturamento. Foram executados apenas 12% do total da obra. A população de São Luís – que depende do Sistema Italuís – continuou pedindo água.
Apesar de toda a dinheirama que foi pelo ralo em 2000, em novembro de 2012 o governo Roseana fez novo processo licitatório, e começaram as obras de substituição da tubulação da adutora, no trecho do Campo de Perizes.
Os serviços foram orçados em R$ 106.889.593,60, sendo R$ 96.920.077,15 recursos do Governo Federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 9.967.516,45, a contrapartida do governo do Maranhão.
A empresa responsável pela execução das obras é o Consórcio EIT/Edeconsil/PB, igualmente integrado por empresas (EIT e Edeconsil) ligadas à família Sarney.
TRABALHO ESCRAVO E ROSEANA – Em agosto deste ano, a governadora Roseana Sarney vetou o projeto de lei nº 169/2013, que havia sido aprovado na Assembleia Legislativa do Estado e previa a cassação do registro de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de empresas flagradas com trabalho escravo. A governadora alegou que o texto é “inconstitucional”.
De autoria do deputado Othelino Neto (PPS), o projeto foi inspirado na lei paulista nº 14.946/2013, de autoria do deputado Carlos Bezerra Jr. (PSDB), que foi regulamentada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) em maio. Propostas semelhantes já foram apresentadas em Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rio de Janeiro.