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sábado, 22 de março de 2014

LULA APONTA RAZÕES PARA OTIMISMO COM O BRASIL


Nos últimos dias, tem sido intensa a plantação de notas sobre um suposto descontentamento do ex-presidente Lula com sua sucessora Dilma Rousseff. No meio da semana, a Folha de S. Paulo atribuiu a Lula a frase de que a nota do Palácio do Planalto sobre a refinaria de Pasadena teria sido um "tiro no pé" – o que levou o ex-presidente a divulgar nota para desmentir o que chamou de "invencionices".
Neste fim de semana, notas da coluna Radar informam que Lula teria feito críticas abertas a Dilma num almoço promovido pelo banco de investimentos Merrill Lynch. O mesmo assunto foi abordado também pelo blog de Fernando Rodrigues (leia mais aqui).
No entanto, em suas aparições públicas, Lula tem se derramado em elogios à condução da política econômica. Foi o que ele fez ontem, num evento promovido pelo grupo Bandeirantes, onde o ex-presidente elencou várias razões para o otimismo com o Brasil. Entre elas, 11 milhões de empregos criados na última década, 11 anos de inflação dentro da meta e um processo de inclusão social que fez com que o número de passageiros aéreos passasse de 48 milhões para 113 milhões.
Leia, abaixo, texto postado pelo Instituto Lula sobre o evento na Band:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite desta sexta-feira (21), da Convenção do Grupo Bandeirantes. Em seu discurso, Lula lembrou as mudanças profundas pelas quais passou o Brasil na última década. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 4.4 vezes, a produção agropecuária aumentou significativamente levando o Brasil à liderança de vários setores, o fluxo de comércio exterior dobrou, o número de passageiros de avião passou de 48 para 113 milhões e o Brasil se tornou uma referência política global. Esse processo beneficiou toda a sociedade brasileira: “Do bancário ao banqueiro, do cortador de cana ao usineiro”.
O ex-presidente ressaltou ainda que o Brasil vive há 11 anos em um ambiente econômico com inflação dentro da meta estabelecida pelas autoridades financeiras. Ele lembrou que quando assumiu o governo, a inflação era mais que o dobro daquela registrada em 2013. Além disso, enquanto milhares de empregos foram destruídos no mundo nos últimos anos, o Brasil criou 11 milhões de empregos. Essas mudanças foram feitas em um ambiente democrático cada vez mais sólido, destacou Lula.
Sobre a Copa do Mundo, Lula lembrou que é importante pensar na simbologia do evento, além das divisas que chegarão ao país. Ele lembrou que muitos choraram quando o país conquistou a Copa e que ela é uma chance de projetar ainda mais o país internacionalmente. E ressaltou: “Grande parte dos gastos que estão sendo feitos se referem a obras de mobilidade, que teriam que ser feitas com ou sem Copa”.




Lula também falou do papel importante da Band na história deste país. Ele citou o pioneirismo da emissora nos debates eleitorais e ressaltou que um meio de comunicação torna-se relevante quando responde aos interesses da população e é capaz de captar as mudanças em curso neste país. O ex-presidente também falou da sua relação com a imprensa durante seu governo: “Ninguém pode me acusar de, durante os oito anos do meu governo, não ter sido republicano com a sociedade e a imprensa”.

PM atingido com tiro em barreira salvo por colete


Um policial foi baleado na madrugada deste sábado (22) em barreira feita pela Polícia Militar no bairro Forquilha, em São Luís.
Duas guarnições da PM teriam ordenado parada ao condutor de um veículo Chevrolet Astra de cor prata com três homens no interior. Os ocupantes do veículo efetuaram disparos contra a PM e um soldado identificado como Diego foi atingido com um tiro no tórax.

Por estar usando colete à prova de balas, o policial sofreu apenas hematoma provocado pela pressão feita pelo projétil. Nenhum dos acusados foi preso.

Desconhecimento popular sobre água é problema a ser enfrentado, diz ONG



Neste sábado (22), dia em que se comemora o Dia Mundial da Água (22), é importante lembrar que um dos principais problemas que o Brasil precisa enfrentar é a falta de conhecimento da população sobre a realidade dos recursos hídricos no país, afirma o coordenador do Programa Água para a Vida da organização não governamental (ONG) WWF-Brasil, Glauco Kimura de Freitas.

Para ele, a população está muito distante do tema água, que só chama a atenção quando há uma crise instalada. “As pessoas não procuram se informar de onde vem a água que consomem e o que podem fazer para garantir o abastecimento, há um desconhecimento geral. Os governantes têm sua culpa, as empresas e a mídia, também, e essa falta de esclarecimento reflete no cidadão.”
Kimura cita a pesquisa que o WWF faz a cada cinco anos sobre a percepção dos brasileiros sobre a água. Na última, em 2012, mais de 80% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar da ANA[Agência Nacional de Águas], que é o órgão regulador dos recursos hídricos. "Há consciência sobre como economizar e de que pode faltar água. Mais de 70% das pessoas sabem dos problemas, mas o desconhecimento ainda é grande”, disse o especialista.
Outro problema é a má governança dos recursos hídricos, acrescenta Kimura. “É muito difícil dizer se vamos conseguir, ou não, suprir nossas demandas e é grande a chance de termos problemas no futuro com a gestão que tem sido feita”, disse ele, destacando que o Brasil está muito bem em termos de leis, como, por exemplo, a Política Nacional de Recursos Hídricos , o Conselho Nacional de Recursos Hídricos e os Comitês de Bacias Hidrográficas, mas que não estão sendo implementados e fiscalizados como deveria.
“Fizemos a lição de casa até um certo ponto e precisamos mudar essa trajetória, fugir das consequências desse cenário que as Nações Unidas [ONU] projetam. Temos um arcabouço legal, bons modelos, mas a vontade política para fazer algo consistente está muito baixa, não só no âmbito federal, mas nos estados e municípios também”, destaca o coordenador do Programa Água para a Vida.
O Relatório de Desenvolvimento Mundial da Água 2014 , de autoria da ONU-Água, prevê que, em 2030, a população global necessitará de 35% a mais de alimento, 40% a mais de água e 50% a mais de energia.
“O tema água esta abaixo das prioridades. A ANA é um órgão técnico de excelência, mas os governos locais não dão conta de implementar os instrumentos que já existem, a sociedade não cobra, e as empresas só se mexem quando têm que cumprir a lei”, argumenta Kimura.
De acordo com ele, o terceiro gargalo na gestão dos recursos hídricos é o mau uso da terra. “As cidades vão crescendo, ficam dependendo de reservatórios, a maioria poluídos, e ocupando áreas de nascentes, que são os ovos de ouro da galinha. O planejamento urbano tem que ser levado muito a sério, e o setor de recursos hídricos precisa estar inserido.”
Para Kimura, na área rural, também há uma tendência de agravamento do problema com a flexibilização do Código Florestal , aprovado em 2012. Para ele, a diminuição das Áreas de Preservação Permanente (APPs), que agora levam em conta o tamanho da propriedade, coloca em risco os mananciais de água.

A Política Nacional de Irrigação, instituída no ano passado, também pode constituir um problema para o especialista do WWF, já que o crédito financeiro e as outorgas para captação de água vão aumentar.  “É como uma poupança: estamos dando cada vez mais senhas para acessar a nossa caderneta, mas ninguém põe dinheiro lá. Então, temos que ter um trabalho sério de proteção das nascentes e área de recarga de aquífero”, destaca Kimura, explicando que existem áreas de terra mais permeáveis que outras que precisam ter uma cobertura florestal em cima e que, por desconhecimento das pessoas, são pavimentadas ou assoreadas.

ATA CONFIRMA VERSÃO DE DILMA SOBRE PASADENA


No momento da decisão sobre a aquisição de Pasadena, dos EUA, pela Petrobras, não constava no resumo técnico recebido pelo Conselho de Administração cláusula sobre lucros.
A informação, que consta em ata de 2008 e foi divulgada pelo Jornal Nacional, confirma a versão da presidente Dilma Rousseff, de que o parecer era falho e foi aprovado por falta de dados. Documento de uma reunião do conselho em 20 de junho de 2008 diz que "não constou do resumo executivo a informação sobre a cláusula Marlim" e que "o teor da cláusula não foi objeto de aprovação do Conselho de Administração" (Veja aqui).
A cláusula marlim garantia um lucro de 6,9% por ano à sócia da Petrobras, independente das condições de mercado. Outra cláusula, a put option, obrigava uma das partes a comprar a outra em caso de desacordo entre os sócios, o que obrigou a Petrobras a pagar US$ 820,5 milhões por metade da refinaria que pertencia à Astra Oil. A primeira metade fora comprada em 2006 por US$ 360 milhões.
A compra de um total de US$ 1,18 bilhão, sendo que o valor de mercado um ano antes era de US$ 42,5 milhões, é alvo de investigação da Polícia Federal e do Tribunal de Contas. Representantes da Petrobras negaram irregularidade na compra da companhia.

Responsável pelo erro que a levou aprovar a compra da refinaria, o engenheiro Nestor Cerveró foi exonerado da diretoria financeira da BR Distribuidora nesta sexta-feira (21).

Três assaltantes linchados pela população no Cohaserma

 Dois homens e uma mulher foram linchados na manhã desse sábado (22), no bairro Cohaserma em São Luís.
Segundo informações da Ronda da Polícia Militar no Planalto Vinhais, a mulher teria pedido corrida para um taxista. Enquanto, supostamente, o preço da viagem, dois homens tomaram o carro de assalto. O dono do taxi pediu ajuda à população, que parou o automóvel e agrediu o trio até a chegada da polícia.

Um dos assaltantes foi conduzido em estado grave para o hospital Djalma Marques, o Socorrão I, pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A mulher e outro homem foram levados para UPA do Vinhais. Nenhum dos criminosos teve o nome revelado.

Do idifusora

menor morto em 'confronto' com a ROTAM estava algemado



O jovem Maxuel Rocha da Costa foi morto em 'confronto' com policiais da ROTAM no início da tarde de ontem no Jaracaty. Ele e um amigo foram acusados de cometer assaltos na área. Depois de uma perseguição, segundo policiais, eles teriam reagido disparando tiros. Os policiais reagiram e atingiram o jovem na cabeça. No entanto, fotos enviadas ao blog mostram o jovem caído de bruços e algemado. Como ele teria trocado tiros com os policiais se estava algemado? Se trocou tiros, por que foi alvejado na nuca? 

Por conta dessa morte, moradores do Jaracaty interditaram a Avenida Carlos Cunha provocando engarrafamento durante toda a tarde desta sexta-feira(21).

HOMEM É EXECUTADO COM 12 TIROS EM VITÓRIA DO MEARIM


Foi assassinado na noite de sexta feira (21) as 20:00 horas em um bar na cidade de Vitória do mearim, Jose silva machado (Zé de Deusa) de 27 anos.
De acordo com informações Zé bebia com amigos em um bar no bairro puraqueu, próximo à BR 222, quando dois homens chegaram em uma moto, mandaram que os amigos se afastassem e começaram a ceção de fuzilamento, Zé teve morte imediata. Foram 12 tiros, cinco na cabeça, um no pescoço, quatro nos braços, e dois nas pernas. O corpo foi levado para o hospital da cidade, e em seguida liberado para a família, Zé morava na rua da paz puraqueu.
Os atiradores fugiram tomando rumo ignorado. Segundo relatos da população de vitória, Zé já tinha envolvimento com vários crimes. A polícia trabalha com hipótese de acerto de contas ou vingança.


Mais de 90 municípios estão vulneráveis ao tráfico de pessoas


O Brasil possui 241 rotas de tráfico de pessoas, sendo 69 localizadas no Nordeste. No Maranhão, 94 municípios estão vulneráveis ao crime, segundo a Secretaria de Estado de Mulher (Semu). As cidades com alto índice de origem de pessoas aliciadas são Imperatriz, Açailândia, Barra do Corda, Lago da Pedra e Pedreiras, segundo a Polícia Federal (PF-MA). Os dados, no entanto, não refletem a realidade do Estado em relação a este crime para a exploração sexual, esclarece o chefe da Delegacia de Defesa Institucional em exercício, ligada à Superintendência Regional de Polícia Federal (Delinst/Drex/SR/DPF-MA), Rodrigo Santos Corrêa. “O Maranhão não constitui, necessariamente, rota do tráfico, considerando não ter fronteira com outros países e não ser rota de voos internacionais”, explica o delegado federal.

Investigações da PF-MA apontam como principais vítimas mulheres jovens, de condição social desfavorecida, com pouca instrução formal e vulneráveis a promessas de melhoria de vida. Nos casos de tráfico internacional envolvendo mulheres, a grande parte é submetida a prostituição. “Poucos são os casos de trabalhos domésticos, sendo que, nestes, se o aliciamento é feito por meio de fraude de documentos, por exemplo, configura-se crime de aliciamento para fins de emigração”, pontua Rodrigo Corrêa. Mesmo sofrendo a exploração, as vítimas tendem a não aceitar a situação. “O perfil já dificulta a capacidade dessas mulheres de se reconhecerem como vítimas. Em casos confirmados, muitas vezes as tentativa de aplicar medidas contra o crime ou para identificar os responsáveis, são rejeitadas pelas vítimas”, informa Corrêa.

Os principais destinos são países da Europa, a exemplo de França e Espanha. Às vítimas desses crimes cabe o atendimento por profissionais da área de assistência social e de psicologia, desenvolvendo medidas possibilitem o reconhecimento de si própria como vítima. Sendo casos consumados, o combate e a responsabilização dos envolvidos é bem mais difícil. “Exige trabalhos de inteligência e monitoramento longo de suspeitos para identificação de toda a rede”, explica. “O acompanhamento por esses profissionais tende a motivar as vítimas a colaborar com a polícia e a denunciar”, justifica.

As vítimas do tráfico humano são retiradas de sua região com a promessa de trabalho. No Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) mais de 25 mil pessoas prestam serviços, presas em fazendas, garimpos e carvoarias. As pessoas são traficadas para exploração sexual, trabalho escravo (casos encontrados em 21 estados do país) e remoção de órgãos (representa 5% a 10% dos casos). No âmbito internacional, dos 2,5 milhões de pessoas traficadas, 43% são para exploração sexual, 32% para exploração econômica e 25% para as duas finalidades ao mesmo tempo, segundo a ONU.

Segundo o delegado, a condição social das vítimas e a falta de opções para melhorar de vida no próprio local onde residem são fatores que estimulam estes crimes e a melhor forma de combate é a prevenção. Quanto aos aliciadores, não há um perfil definido, mas o delegado aponta casos de pessoas que já residem no exterior, passaram por situações de exploração sexual ou de prostituição e, após algum tempo, passaram a atuar como aliciadores. A instituição, em parceria com outros órgãos, promove e participa de campanhas e trabalhos de amparo. Somando a este, a PF-MA está em curso com inquéritos e investigações preliminares de denúncias ainda não confirmadas como tráfico de pessoas.


-->“O crime do tráfico de pessoas acarreta alguns outros crimes e no Tribunal atuamos no julgamento de casos de trabalho escravo-degradante. Ano passado, cerca de 30 mil pessoas foram libertadas do trabalho escravo em todo o país, e o Maranhão está entre os estados com alto índice desta ocorrência. Atualmente, temos cerca de 10 processos em apreciação, mas que envolvem pelo menos 15 pessoas cada um, por se tratar de ações coletivas. Temos aí mais de 150 trabalhadores que entraram com ação e foram até a fase de julgamento. Nós temos conseguido resultados positivos às vítimas, sendo 80% dos processos a favor. Geralmente, os aliciadores são fazendeiros e conseguimos identificar a ocorrência do crime. Arbitramos indenizações por danos morais e materiais, e os culpados são incluídos na chamada ‘Lista Suja do Trabalho Escravo’. No Maranhão, há cerca de 70 empresas/pessoas nesta lista. O que vemos, é que, as vítimas, por serem pessoas de baixa instrução e condição, têm dificuldade em avaliar criticamente a realidade que os cerca. Temos uma atuação em parceria com Pará e Piauí realizando campanhas de conscientização nos municípios-foco desse crime, e ainda neste segundo semestre estaremos em Açailândia”, vice-presidente do TRT-MA, desembargador James