São
Paulo – O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, confirmou hoje (20) a
eliminação de 1.522 candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013
por tentativa de fraude. "Só em Minas Gerais, foram 396", disse o ministro,
após participar do lançamento da Frente de Prefeitos para o Desenvolvimento da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele garantiu, porém, que não houve
fraude na organização do exame deste ano.
Ele destacou, porém, que o Ministério da Educação (MEC) trabalha
antes, durante e depois do Enem, para evitar qualquer tipo de irregularidade,
como a que foi investigada pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Segundo Mercadante, o MEC e a Polícia Federal formaram uma
parceria muito construtiva, trabalhando até no dia do exame, para ter o
flagrante. O ministro garantiu, porém, que não houve neste ano nenhuma fraude
envolvendo a organização do exame.
De acordo com investigações da Polícia Civil de Minas Gerais, a
quadrilha, acusada de envolvimento em fraudes de vestibulares de medicina,
também é suspeita de ter fraudado as provas do Enem deste ano. Conforme as
apurações, os criminosos agiram em Barbacena, na região central do estado,
vendendo gabaritos a candidatos por preços que variavam de R$ 70 mil a R$ 100
mil. Os resultados repassados a esses candidatos seriam do caderno amarelo de
questões do exame. O caso agora está sob investigação da Polícia Federal.
Segundo as investigações da polícia mineira, integrantes do
grupo criminoso, os chamados pilotos, faziam a prova – para garantir o índice
de 75% de acerto das questões – e deixavam rapidamente o local do exame,
fornecendo o gabarito aos chefes da organização que, por sua vez, o repassavam
aos candidatos, via SMS ou ponto eletrônico.
Mercadante ressaltou que a Polícia Civil de Minas Gerais, que
investigou o caso durante nove meses, ainda não encaminhou ao MEC o nome de
eventuais envolvidos na fraude e garantiu que as irregularidades serão apuradas
com rigor. "Não recebemos nenhum nome para confirmar se são participantes,
de qual escola, para fazermos os cruzamentos possíveis em relação à
prova", disse o ministro.
"Confiamos totalmente na Polícia Federal para concluir esse
processo e, eventualmente, encaminhar elementos concretos para tomar as
providências necessárias", acrescentou Mercadante, que evitou dar detalhes
sobre esta etapa da investigação. Ele disse que não pretende informar como são
feitas as investigações, nem de que tipo são as fraudes.
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