A primeira sessão do Congresso Nacional para analisar vetos
presidenciais com voto aberto está marcada para terça-feira (10). A sessão será
realizada a partir das 14 horas, no Plenário da Câmara dos Deputados.
Três vetos
da presidente da República, Dilma Rousseff, estão na pauta.
Na
semana passada, as Mesas do Senado e da Câmara promulgaram a Emenda Constitucional 76,
que extinguiu o voto secreto nas votações em processos de cassação de
parlamentares e no exame de vetos presidenciais.
O
líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI) disse não acreditar que o voto
aberto cause constrangimento a deputados ou senadores. A orientação, como explicou
o líder, é para que os parlamentares da base governista votem pela manutenção
dos três vetos.
Painel eletrônico
A partir de agora, deputados e senadores votarão diretamente no painel eletrônico do Plenário da Câmara, que já tem cadastrado também os nomes dos senadores. O resultado será divulgado ao final de cada votação, não dependendo mais de apuração manual por parte da Secretaria Especial de Informática do Senado (Prodasen), atividade que geralmente era concluída na madrugada.
A partir de agora, deputados e senadores votarão diretamente no painel eletrônico do Plenário da Câmara, que já tem cadastrado também os nomes dos senadores. O resultado será divulgado ao final de cada votação, não dependendo mais de apuração manual por parte da Secretaria Especial de Informática do Senado (Prodasen), atividade que geralmente era concluída na madrugada.
Com
as cédulas de papel, deputados e senadores votavam simultaneamente, depositando
seus votos nas urnas de cada Casa. O Prodasen iniciava a apuração pelos votos
dos deputados ou pelos votos dos senadores. Se a votação da primeira Casa fosse
pela manutenção do veto, os votos da segunda Casa não precisavam ser apurados,
já que um veto presidencial só pode ser derrubado pelas duas Casas juntas.
Agora,
a coleta dos votos dos parlamentares vai começar, na maioria dos casos, pelos
deputados federais, como esclareceu a secretária-geral da Mesa do Senado,
Cláudia Lyra. Os senadores só serão os primeiros a votar se o veto tiver sido
aplicado à proposição cuja tramitação tenha iniciado no Senado, como é o caso
do segundo item a ser votado pelo Congresso na terça (10).
O
projeto de lei do Senado (PLS) 220/07 foi vetado totalmente pelo Executivo
(Veto total 46/13). Já os outros dois vetos (44/13 e 45/13) foram aplicados a
projetos de lei de conversão (PLV), originários de medidas provisórias (MP).
Como MPs sempre são votadas primeiramente pela Câmara, os deputados serão os
primeiros a votar esses vetos.
Mais médicos
Cláudia Lyra explicou como será a votação do primeiro item, o veto ao parágrafo 1º do art. 16 do PLV 26/13, oriundo da chamada MP do Programa Mais Médicos (MP 621/13). “Os deputados serão chamados a votar o item. Se os deputados rejeitarem o veto, os senadores são chamados para votar. Se a apuração mostrar que a Câmara manteve o veto, os senadores não precisam votar, já que a Constituição diz que o veto presidencial só pode ser rejeitado pela maioria absoluta dos votos de ambas as Casas. É o único caso em que a Constituição exige quórum para rejeição de matéria. Nos outros casos, a Constituição fala de quóruns para aprovação”, detalhou.
Cláudia Lyra explicou como será a votação do primeiro item, o veto ao parágrafo 1º do art. 16 do PLV 26/13, oriundo da chamada MP do Programa Mais Médicos (MP 621/13). “Os deputados serão chamados a votar o item. Se os deputados rejeitarem o veto, os senadores são chamados para votar. Se a apuração mostrar que a Câmara manteve o veto, os senadores não precisam votar, já que a Constituição diz que o veto presidencial só pode ser rejeitado pela maioria absoluta dos votos de ambas as Casas. É o único caso em que a Constituição exige quórum para rejeição de matéria. Nos outros casos, a Constituição fala de quóruns para aprovação”, detalhou.
O
dispositivo vetado pela presidente da República proibia os médicos estrangeiros
que trabalham no Programa Mais Médicos de exercer a profissão fora do projeto.
Para o Executivo, a proibição contraria outros dispositivos da própria MP e é
incompatível com a lógica da carreira pública na qual entram os médicos
intercambistas.
Armazenagem de grãos
Cada item vetado tem de ser votado separadamente. No caso do Veto 45/13, que abrangeu 18 itens do PLV 25/13, deputados e senadores terão de votar individualmente cada parágrafo, artigo ou alínea que foram vetados. Entretanto, Cláudia Lyra lembrou que já houve casos de votação em globo de todos os itens vetados de um mesmo projeto, mas essa votação em conjunto depende de acordo entre os deputados e senadores e da aprovação de requerimento específico para esse procedimento.
Cada item vetado tem de ser votado separadamente. No caso do Veto 45/13, que abrangeu 18 itens do PLV 25/13, deputados e senadores terão de votar individualmente cada parágrafo, artigo ou alínea que foram vetados. Entretanto, Cláudia Lyra lembrou que já houve casos de votação em globo de todos os itens vetados de um mesmo projeto, mas essa votação em conjunto depende de acordo entre os deputados e senadores e da aprovação de requerimento específico para esse procedimento.
O
veto 45/13 refere-se à MP 619/13, que estabeleceu ações para ampliar e melhorar
a capacidade de armazenagem de grãos no país. O projeto permitiu à Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab) usar o Regime Diferenciado de Contratações
Públicas (RDC) para contratar a construção de silos e armazéns públicos para a
safra 2013/2014 entre outras medidas.
Créditos suplementares
Após a análise dos vetos, a pauta do Congresso Nacional ficará destrancada. Assim, os parlamentares poderão votar, já na terça (10), 16 projetos de lei do Congresso (PLN) que autorizam créditos suplementares no Orçamento destinados a ministérios, secretarias e estatais.
Após a análise dos vetos, a pauta do Congresso Nacional ficará destrancada. Assim, os parlamentares poderão votar, já na terça (10), 16 projetos de lei do Congresso (PLN) que autorizam créditos suplementares no Orçamento destinados a ministérios, secretarias e estatais.
Por
fim, os parlamentares também poderão votar o projeto de resolução do Congresso
(PRN 3/09) que dispõe sobre composição, organização e competências da Comissão
Mista de Assuntos Relacionados à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
Da agencia câmara
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