Os senadores e
deputados federais que acompanharam a visita à Penitenciária de Pedrinhas na
manhã de hoje não puderam conhecer a real situação do presídio que virou tema
de todos os jornais. Isto porque a “visita guiada” ao presídio não passou pelas
celas em que há superlotação e reunião de líderes das facções mais perigosas do
Maranhão.
A denúncia foi feita pelo deputado
federal Simplício Araújo (Solidariedade) que acompanhou a visita. “Passamos
apenas pelas alas evangélicas e lugares que o governo programou para não
mostrar a realidade verdadeira de Pedrinhas,” disse o deputado.
Segundo ele, há um grande problema no
Governo Roseana Sarney de não aceitar ajuda para resolver as crises por que
passam o Maranhão, sobretudo no setor da Segurança Pública. ““Só mostraram as
alas que foram reformadas recentemente. Dessa forma, fica difícil apontarmos
soluções para minimizar o caos que ali se instalou. Estão escondendo o problema
e quero saber por que estão fazendo isso. Só quem pode ter acesso é o grupo
Sarney, o que faz acreditarmos, infelizmente, que tudo continuará na mesma
situação”, apontou.
Simplício lembrou ainda que na semana
passada o deputado estadual Roberto Costa (PMDB), líder de uma das bancadas
governistas da Assembleia Legislativa, fez uma ampla visita ao presídio e tirou
foto ao lado de celas superlotadas. Simplício lamentou que o mesmo não tenha
sido permitido aos senadores e deputados representantes da Comissão de Direitos
Humanos do Congresso Nacional.
Dentro da unidade, onde 62 presos
foram mortos desde o ano passado, detentos reclamaram que a Secretaria de
Administração Penitenciária maquiou a situação dentro do local, encaminhando
presos para outras prisões. Mesmo assim, a situação observada era de
precariedade nas celas, e havia superlotação. Os presos afirmaram que são
vítimas de tiros de armas de bala de borracha e que não têm assistência médica
dentro do complexo.
“Como a oposição vai contribuir e dar
alguma solução se fomos impedidos de ver a situação?”, questionou.
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