O ministro da Fazenda, Guido
Mantega, anunciou o adiamento por três meses da decisão de aumentar os impostos
para o setor de bebidas frias - cervejas, refrigerantes, isotônicos e
refrescos. A previsão é que o reajuste entrasse em vigor em 1º de junho. “A
gente está diferindo, postergando uma correção de tabela que seria no dia 1º de
junho para daqui a três meses e não de forma plena, mas diferida ao longo do
tempo. Sem dúvida, nós temos uma grande preocupação que a inflação permaneça
sob controle e esse setor pode dar uma contribuição importante. Nós fizemos um
pacto de que não haveria aumento durante a Copa e de preferência depois
também”, disse Mantega, após reunião com representantes do setor.
O objetivo do governo é, com a
recomposição da tabela, ter mais recursos para cumprir a meta de superávit
fiscal. “Nós acabamos de fazer uma reunião com o setor de bebidas, com o setor
de bares e restaurantes a respeito da tabela que implica na recomposição de
tributos. Suspendemos a aplicação dessa tabela temporariamente para um
aperfeiçoamento dela porque havia uma divergência em alguns preços que foram
capturados”, disse o ministro, acrescentando que, nos últimos dois anos, o governo
reduziu os tributos no setor de bebidas para permitir que houvesse mais
investimentos e crescimento.
O
aumento das alíquotas do setor foi anunciado no final de abril pelo governo,
mas as novas tabelas com os preços das bebidas só entrariam em vigor em junho.
A previsão da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) é que o
aumento terá impacto de 10% a 12% no preço das bebidas frias para o consumidor.
Logo depois do anúncio de aumento, em abril, a Receita Federal retificou
informação e disse, em nota oficial, que os preços das bebidas frias subiriam,
em média, 2,25% para o consumidor final, e não 1,3%. Também houve erro na
primeira divulgação das tabelas.
Os
empresários estimaram demissão de
mais de 200 mil pessoas se o governo não mudasse o prazo do início do reajuste.
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