O presidente da Ordem dos
Advogados do Brasil Seccional Maranhão (OAB-MA) Mário Macieira disse, em
entrevista à Rádio CBN concedida na manhã desta quinta-feira (16), que a instituição
vai propor ação civil pública para pedir que o Estado do Maranhão indenize as
famílias dos detentos mortos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e as
vítimas dos ataques a ônibus ocorridos na noite de 3 de janeiro, em São Luís.
“Estamos estudando
propor uma ação civil pública que visa obrigar o Estado a adotar providências
para melhoria da segurança pública e, também, reparar as famílias das vítimas
da violência, tanto as que foram vitimadas dentro dos presídios, quanto as que
foram alcançadas fora dos presídios, como as vítimas dos ataques a ônibus neste
ano”, declarou o presidente.
Segundo
Macieira, a Comissão de Direitos Humanos da OAB-MA também está acompanhando a
situação das pessoas que ficaram feridas nos ataques a ônibus. A ação deve ser
submetida ao conselho da seccional da OAB no dia 29 de janeiro.
Violência
Uma onda de ataques a ônibus e delegacias aconteceu em São Luís na noite de 3 de janeiro. A ordem partiu da liderança de uma facção criminosa, de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Quatro ônibus foram incendiados, duas delegacias alvejadas e cinco pessoas ficaram feridas. Até agora, 22 suspeitos foram detidos por envolvimento nos ataques, entre eles, seis menores.
Uma onda de ataques a ônibus e delegacias aconteceu em São Luís na noite de 3 de janeiro. A ordem partiu da liderança de uma facção criminosa, de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Quatro ônibus foram incendiados, duas delegacias alvejadas e cinco pessoas ficaram feridas. Até agora, 22 suspeitos foram detidos por envolvimento nos ataques, entre eles, seis menores.
Entre
as vítimas, a menina Ana Clara Santos, de 6 anos, que teve 95% do corpo
queimado no ataque, morreu no dia 6 de janeiro. A irmã dela, Lorrane Beatriz
Santos, de 1 ano e 5 meses, teve 20% do corpo queimado e recebeu alta médica
nesta quarta-feira (15). A mãe das duas meninas, Juliane Carvalho Santos, de 22
anos, teve 40% do corpo queimado no ataque e continua estável, mas em estado
grave, no Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília.
O
entregador de frangos Márcio Ronny da Cruz, de 37 anos, que teve 72% do corpo
queimado tentando salvar as crianças, está no Hospital de Queimaduras de
Goiânia (HQG) e respira com ajuda de aparelhos. A operadora de caixa Abiancy
Silva, de 35 anos, teve 10% do corpo queimado no ataque e está no Hospital
Tarquínio Lopes, em São Luís, com queimaduras no braço direito e no abdômen.
Ela ainda não tem previsão de alta, mas está fora de perigo.
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