Presidente da Assembleia Legislativa rejeitou o requerimento
apresentado por advogados na terça-feira. Para deputado, que é do mesmo partido
da governadora, não havia justa causa para o processo.
A Assembleia Legislativa do Maranhão rejeitou nesta quinta-feira (16) o pedido de impeachment da governadora Roseana Sarney (PMDB).
Baseado em parecer jurídico, o presidente da Casa, deputado Arnaldo Melo
(PMDB), determinou o arquivamento da solicitação, feita por um grupo de
advogados. De acordo com a assessoria da Assembleia Legislativa, não havia
justa causa para o processo e os documentos apresentados não eram suficientes.
A rejeição deve ser publicada ainda hoje no Diário Oficial da AL.
No pedido apresentado na terça-feira, os advogados citaram duas razões
para acusar Roseana Sarney de crime de responsabilidade. Para eles, a
peemedebista atentou contra o exercício dos direitos individuais e sociais dos
detentos. Na visão dos autores, Roseana aceitou que subordinados abusassem dos
seus poderes e, além disso, teria violado direitos constitucionais.
O pedido foi motivado após o caos no sistema penitenciário maranhense
vir à tona com a divulgação, em 27 de dezembro, de um relatório do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ). Somente no ano passado 60 detentos morreram enquanto
estavam sob custódia do Estado. Neste ano, depois de a repressão aumentar
contra os presos, ataques foram ordenados por facções criminosas. Ônibus foram
incendiados, o que resultou na morte da menina Ana Clara de Sousa, de 6 anos.
Caso fosse aprovado, o pedido de impeachment deveria ser informado pela
Casa à governadora. Em seguida, finalizado o parecer, o plenário poderia votar
se aceita a requisição, que poderia então ir a votação – para isso, seriam
necessários dois terços dos 42 votos, mesma proporção necessária para que a
cassação seja definitivamente aprovada. Roseana Sarney tem maioria na
Assembleia maranhense: do total de parlamentares, apenas 12 são de oposição.
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