O Brasil
aparece na 72ª colocação no ranking mundial de combate à corrupção que será
divulgado hoje em Berlim pela ONG Transparência Internacional. O país caiu três
posições em relação a 2012 e permanece no grupo de alerta, formado por nações
que não conseguem diminuir a percepção de corrupção com os anos.
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Numa
escala de 0 (altamente corrupto) a 100 (muito transparente), o Brasil atingiu
42 pontos, um a menos que 2012, e integra os dois terços entre os 177 países
avaliados que não conseguem superar a faixa dos 50. O país empatou com São Tomé
e Príncipe, Bósnia Herzegovina, Sérvia e África do Sul.
Na
América Latina, está atrás de Chile, Uruguai, Costa Rica e Cuba, entre outros.
Entretanto, ganha de Argentina, Venezuela, Paraguai, Bolívia e Equador. No
mundo, perde para nações como Croácia, Malásia, Turquia e Gana.
Dinamarca
e Nova Zelândia atingiram o melhor desempenho (91 pontos), seguidos por
Finlândia, Suécia e Noruega. Empataram na última colocação Somália, Coreia do
Norte e Afeganistão.
O ranking
da Transparência Internacional é divulgado desde 1995 e e se baseia em dados
levantados por 13 instituições internacionais, entre elas o Banco Mundial, o
Fórum Econômico Mundial, o banco africano de desenvolvimento e consultorias
como a ISH Global Insight, que estuda 203 países do mundo.
São
avaliados, por exemplo, acesso a informação pública, regras de comportamentos
de servidores, prestação de contas dos recursos e a eficácia de órgãos.
O Brasil
cai três posições no ano seguinte à aplicação da Lei da Ficha Limpa, da
implementação da Lei de Acesso à Informação, e durante o período de prisão dos
políticos envolvidos no mensalão.
Para
Alejandro Salas, diretor de América Latina da Transparência Internacional, o
resultado mostra que, apesar de alguns avanços, o Brasil caminha a passos
lentos.
"No
caso do Brasil, percebe-se que, mesmo sendo uma economia emergente, querendo se
posicionar, isso não é suficiente. Os cidadãos, por exemplo, muitas vezes pedem
o fim da corrupção, mas somos os primeiros a pagar um suborno", disse à Folha.
Ele
destaca que a punição dos envolvidos no mensalão é um passo importante, mas não
significa que o desvio de dinheiro está no fim no país.
Salas
ressalta ainda a estagnação dos demais países da América Latina, que não
conseguem melhorar o desempenho no ranking.
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