Um aniversário discreto, ao
lado de familiares, em Porto Alegre, mas também celebrado. Foi assim que a
presidente Dilma Rousseff comemorou a passagem do seu aniversário, neste
sábado, em que completou 66 anos. Sem sair de casa, ela recebeu presentes e até
flores de um admirador cujo nome não foi revelado. E só agora, há poucos
minutos, fez um agradecimento no Twitter pelas manifestações de carinho
recebidas no #DilmaDay.
Seis
meses atrás, no auge das manifestações de junho, Dilma enfrentou o ponto mais
crítico de seu governo, quando seus índices de aprovação caíram a 30%. De lá
pra cá, ela só cresceu. No Ibope, a aprovação a seu
governo cresceu 12 pontos e o índice de ótimo e bom foi a 43%. No Datafolha,
chegou ao mesmo patamar. Nas pesquisas de intenção de voto, ela também subiu e
hoje, com 47 pontos, venceria com facilidade seus oponentes Aécio Neves, do
PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, que têm 15 e 11 pontos, respectivamente.
O
principal motivo para isso, na visão de auxiliares próximos, como o marqueteiro
João Santana, foi a resposta da presidente às demandas de junho. O programa
Mais Médicos, lançado depois dos protestos, hoje é um sucesso de público em
todos os locais onde foi implantado. Além disso, embora o plebiscito da reforma
política não tenha avançado, o Supremo Tribunal Federal está prestes a tomar
uma decisão histórica, caso confirme o veto às doações de empresas a campanhas
políticas.
Enquanto
Dilma se fortaleceu, a oposição entrará em 2014 com grandes desafios pela
frente. Ao se filiar ao PSB, a ex-senadora Marina Silva praticamente se excluiu
voluntariamente da disputa presidencial de 2014, uma vez que poderia ter
escolhido partidos que lhe dariam legenda para participar da briga. No PSDB, a
permanência de José Serra teve o mesmo efeito. E hoje há praticamente o
consenso de que, sem um terceiro nome competitivo na oposição, não será simples
provocar um segundo turno. Por isso mesmo, Joaquim Barbosa, presidente do STF,
tem sido tão assediado.
A
vantagem de Dilma, no entanto, não elimina os riscos para 2014. Ainda que os
níveis de emprego sejam muito baixos, o crescimento da economia deixou a
desejar em 2013. Além disso, uma Copa do Mundo no Brasil, depois do ensaio na
Copa das Confederações, traz de volta o risco de grandes manifestações. Dilma
está bem melhor do que seis meses atrás, mas seu grande teste ocorrerá daqui a
seis meses, quando rolar a bola da Copa e também das eleições presidenciais.
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