A
presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira que o governo tornará a
desoneração da folha de pagamento uma política permanente de redução do custo
do trabalho, e que a área econômica ainda está analisando a meta do superávit
primário que será adotada em 2014.
Dilma afirmou que por causa do ambiente de crise financeira
internacional, o Brasil adotou uma política econômica anticíclica e medidas de
estímulo, que devem ser retiradas em sua maioria, exceto a desoneração da folha
de pagamentos.
"Diante da crise, os governos são levados a fazer coisas
que não fazem em temos normais, e uma política anticíclica foi praticada no
Brasil", disse.
"Tem uma parte dela que vai ser permanente. Por exemplo,
será permanente a desoneração da tributação sobre a folha de pagamento",
disse durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Dilma indicou, porém, que as demais desonerações ou mesmo a
política anticíclica podem ser desativadas em breve.
"Nós não temos nenhuma predileção de fazer política
anticíclica, eu até discordo. Quanto mais cedo nós sairmos disso melhor para o
país... eu acredito que hoje muitas das desonerações feitas pontuais no passado
não são necessárias... portanto não vão ser feitas", disse.
Questionada sobre a situação fiscal do país, Dilma não comentou
a chamada contabilidade criativa e argumentou que entre as 20 economias mais
importantes do mundo, o Brasil é um dos seis países que têm superávit fiscal e
continuará tendo.
A presidente, porém, disse que a meta fiscal, assim como outras
metas do governo, ainda está sendo avaliada e que no momento o Executivo está
fazendo um balanço dos indicadores econômicos deste ano.
"É muito importante que Brasil faça o superávit",
disse. "Nós vamos fazer uma avaliação, todo um processo de discussão, para
decidir quais serão as metas de 2014", afirmou.
A presidente também disse que o Brasil está preparado para
enfrentar a turbulência cambial que deve ocorrer quando os Estados Unidos
retirarem parte do estímulo monetário.
"Nós queremos dizer que o Brasil está preparado, porque
hoje... nossa dívida líquida sobre PIB é uma das menores do mundo, isso permite
que nós tenhamos um fôlego para sair de forma sustentável desse processo,
porque a gente tem inflação sob controle e temos nossas reservas e temos um
Banco Central capaz de operar para fazer essa transição mais suave
possível", disse.
"Estamos preparados para a tormenta", acrescentou.
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