A convite do presidente
da Fifa, presidente visita pela primeira vez a sede da Federação, em Zurique,
aproveitando sua viagem para o Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos; é o
primeiro encontro entre Dilma Rousseff e Joseph Blatter depois que o cartola
falou em atraso histórico nas obras da Copa do Mundo de 2014, crítica que foi
rebatida pela presidente; após o encontro, ela reiterou a jornalistas que "o
governo brasileiro tem todo o empenho para realizar a Copa das Copas"; o
cartola disse ser "uma honra" receber Dilma e anunciou a
intenção de transformar o Mundial desse ano em "um movimento muito
especial pela paz"
A presidente Dilma
Rousseff visitou nesta quinta-feira 23 a sede da Fifa em Zurique, capital da
Suíça, a convite do presidente da entidade, Joseph Blatter. Este é o primeiro
encontro desde que Blatter fez duras críticas sobre a organização da Copa do
Mundo de 2014, que será sediada no Brasil. As declarações foram rebatidas por
Dilma, e em seguida o cartola voltou atrás.
O
encontro entre Dilma e Blatter estava marcado para as 15h (12h em Brasília), e
teve também a presença dos ministros do Esporte, Aldo Rebelo, e das Relações
Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, além de outras autoridades. De acordo com
o Palácio do Planalto, foram discutidas ações contra o racismo e a
discriminação, e pela promoção da paz e do futebol feminino.
A
Federação máxima do futebol informou à Folha de S.Paulo que a possível exclusiva
de Curitiba como cidade-sede do Mundial não estava na pauta, a não ser que
Dilma entrasse no assunto.
No início de janeiro, Joseph Blatter afirmou em entrevista que repercutiu na imprensa de diversos
países que os protestos durante a Copa desse ano seriam inevitáveis e apontou
um atraso históricos nas obras para o evento. "É o País mais atrasado
desde que eu estou na Fifa e, portanto, foi o único que tinha tanto tempo –
sete anos – para se preparar", disse o dirigente, que está no cargo desde
1975.
A presidente não tardou a responder,
via Twitter, que o Brasil fará a "Copa das Copas" e que "a
procura por ingressos para os jogos – a maior em todas as Copas" é a prova
de que "torcedores do mundo inteiro confiam no Brasil". Diante das
declarações de Dilma, o cartola recuou,
afirmando que concordava com as constatações e que o Brasil será um grande
anfitrião.
As
fotos do encontro de hoje mostram que, aparentemente, a tensão ficou para trás.
Leia
abaixo texto publicado pelo Blog do Planalto sobre o encontro:
Dilma: Nós estamos preparados e vamos fazer a
Copa das Copas no país do futebol
A
presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta quinta-feira (23), após encontro com o
presidente da FIFA, Joseph Blatter, na sede da entidade em Zurique, que o
Brasil, o país do futebol, está preparado para realizar a "Copa das
Copas". Durante a reunião, foram discutidas ações contra o racismo e a
discriminação, e pela promoção da paz e do futebol feminino.
"Esta
é sem dúvida a Copa das Copas. O futebol é um esporte disseminado por todos os
países do mundo. (...) Mas eu queria reiterar que nós somos o país que tem
nesse esporte uma paixão nacional. Participamos de todas as Copas, e em cinco
delas tivemos a alegria de levar a taça. (...) O governo brasileiro tem todo o
empenho para ser a Copa das Copas. Os estádios, os aeroportos, os portos,
teremos todas as obras para que sejamos um país que bem recebe. Podem vir ao
Brasil serão recebidos de braços abertos pelo povo brasileiro", detacou
Dilma.
Blatter
destacou a intenção de transformar a Copa do Mundo no Brasil em " um
movimento muito especial pela paz". O dirigente adiantou que, na abertura
do mundial, em São Paulo, uma pomba da paz voará. A iniciativa ainda contará
com uma parceria com a fundação responsável pelo prêmio Nobel.
"Para
nós é uma honra poder recebê-la. (...) Tivemos um diálogo sobre a Copa das
Copas. A Copa do Mundo da FIFA será disputada no Brasil, o país de futebol. Não
há país melhor para se falar de futebol. (...) No final, tudo estará bem,
sobretudo no Brasil. (...) Nós queremos deixar um legado. Um aspecto
importante, um país tão multicultural, onde todas as raças do mundo são
encontradas, abre uma possibilidade para uma ação contra o racismo e a
discriminação. Esse é um dos pontos que colocaremos em uma agenda
conjunta", destacou.
Para
Dilma, o Mundial será um momento de encontro, capaz de unir as pessoas em torno
de um bem comum. A presidenta destacou que o futebol tem o poder de ser uma
ação afirmativa na luta contra o preconceito e o racismo, além de disseminar os
valores da paz, do entendimento entre os homens e entre as nações.
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