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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

APÓS TENSÃO, DILMA SE ENCONTRA COM BLATTER NA SUÍÇA


A convite do presidente da Fifa, presidente visita pela primeira vez a sede da Federação, em Zurique, aproveitando sua viagem para o Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos; é o primeiro encontro entre Dilma Rousseff e Joseph Blatter depois que o cartola falou em atraso histórico nas obras da Copa do Mundo de 2014, crítica que foi rebatida pela presidente; após o encontro, ela reiterou a jornalistas que "o governo brasileiro tem todo o empenho para realizar a Copa das Copas"; o cartola disse ser "uma honra" receber Dilma e anunciou a intenção de transformar o Mundial desse ano em "um movimento muito especial pela paz"


A presidente Dilma Rousseff visitou nesta quinta-feira 23 a sede da Fifa em Zurique, capital da Suíça, a convite do presidente da entidade, Joseph Blatter. Este é o primeiro encontro desde que Blatter fez duras críticas sobre a organização da Copa do Mundo de 2014, que será sediada no Brasil. As declarações foram rebatidas por Dilma, e em seguida o cartola voltou atrás.
O encontro entre Dilma e Blatter estava marcado para as 15h (12h em Brasília), e teve também a presença dos ministros do Esporte, Aldo Rebelo, e das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, além de outras autoridades. De acordo com o Palácio do Planalto, foram discutidas ações contra o racismo e a discriminação, e pela promoção da paz e do futebol feminino. 
A Federação máxima do futebol informou à Folha de S.Paulo que a possível exclusiva de Curitiba como cidade-sede do Mundial não estava na pauta, a não ser que Dilma entrasse no assunto.
No início de janeiro, Joseph Blatter afirmou em entrevista que repercutiu na imprensa de diversos países que os protestos durante a Copa desse ano seriam inevitáveis e apontou um atraso históricos nas obras para o evento. "É o País mais atrasado desde que eu estou na Fifa e, portanto, foi o único que tinha tanto tempo – sete anos – para se preparar", disse o dirigente, que está no cargo desde 1975.
A presidente não tardou a responder, via Twitter, que o Brasil fará a "Copa das Copas" e que "a procura por ingressos para os jogos – a maior em todas as Copas" é a prova de que "torcedores do mundo inteiro confiam no Brasil". Diante das declarações de Dilma, o cartola recuou, afirmando que concordava com as constatações e que o Brasil será um grande anfitrião.
As fotos do encontro de hoje mostram que, aparentemente, a tensão ficou para trás.
Leia abaixo texto publicado pelo Blog do Planalto sobre o encontro:
Dilma: Nós estamos preparados e vamos fazer a Copa das Copas no país do futebol
A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta quinta-feira (23), após encontro com o presidente da FIFA, Joseph Blatter, na sede da entidade em Zurique, que o Brasil, o país do futebol, está preparado para realizar a "Copa das Copas". Durante a reunião, foram discutidas ações contra o racismo e a discriminação, e pela promoção da paz e do futebol feminino.
"Esta é sem dúvida a Copa das Copas. O futebol é um esporte disseminado por todos os países do mundo. (...) Mas eu queria reiterar que nós somos o país que tem nesse esporte uma paixão nacional. Participamos de todas as Copas, e em cinco delas tivemos a alegria de levar a taça. (...) O governo brasileiro tem todo o empenho para ser a Copa das Copas. Os estádios, os aeroportos, os portos, teremos todas as obras para que sejamos um país que bem recebe. Podem vir ao Brasil serão recebidos de braços abertos pelo povo brasileiro", detacou Dilma.
Blatter destacou a intenção de transformar a Copa do Mundo no Brasil em " um movimento muito especial pela paz". O dirigente adiantou que, na abertura do mundial, em São Paulo, uma pomba da paz voará. A iniciativa ainda contará com uma parceria com a fundação responsável pelo prêmio Nobel.
"Para nós é uma honra poder recebê-la. (...) Tivemos um diálogo sobre a Copa das Copas. A Copa do Mundo da FIFA será disputada no Brasil, o país de futebol. Não há país melhor para se falar de futebol. (...) No final, tudo estará bem, sobretudo no Brasil. (...) Nós queremos deixar um legado. Um aspecto importante, um país tão multicultural, onde todas as raças do mundo são encontradas, abre uma possibilidade para uma ação contra o racismo e a discriminação. Esse é um dos pontos que colocaremos em uma agenda conjunta", destacou.
Para Dilma, o Mundial será um momento de encontro, capaz de unir as pessoas em torno de um bem comum. A presidenta destacou que o futebol tem o poder de ser uma ação afirmativa na luta contra o preconceito e o racismo, além de disseminar os valores da paz, do entendimento entre os homens e entre as nações.

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