Já nomeado ministro da
Fazenda em um eventual governo de Aécio Neves (PSDB), Armínio Fraga,
ex-presidente do Banco Central, defende a redução do papel dos bancos públicos
na economia brasileira. Em um áudio divulgado pelo blog O
Cafezinho, ele chega a dizer que não sabe bem "o que vai sobrar no
final da linha, talvez não muito".
No trecho da apresentação, Armínio afirma que o modelo
brasileiro formado por "três grandes bancos públicos em atuação",
BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, "não é um modelo
favorável ao crescimento, ao desenvolvimento" do País. "Sabemos, da
nossa própria história e da história universal dos bancos públicos", justifica.
Leia abaixo o post do Cafezinho e ouça o áudio:
Armínio Fraga defende redução
dos bancos públicos
Por Miguel do Rosário
Arminio Fraga defende redução dos bancos públicos
Tem apenas 1 minuto.
Escute o áudio de
Armínio Fraga, já "nomeado" por Aécio Neves como seu eventual
ministro da Fazenda, defendendo redução do papel dos bancos públicos. Ao final,
uma frase com reverberações sinistras: "não sei bem o que vai sobrar ao
final da linha, talvez não muito".
É importante destacar que Fraga mente ao falar da
"história" do crescimento.
Todos os países desenvolvidos cresceram com enormes
investimentos públicos. E hoje, os países que mais crescem, são os que tem
bancos públicos fortes, como China.
E os bancos privados são justamente os principais responsáveis
pelas periódicas crises financeiras que vem drenando recursos do Estado para
mãos de algumas instituições bancárias.
A acusação de que os bancos públicos são capturados por
interesses "públicos e privados" é inconsequente, porque finge
ignorar que o mesmo acontece, numa escala infinitamente superior, com os bancos
privados.
Os bancos públicos são a salvaguarda da nossa soberania
econômica e, portanto, também política.
Os bancos públicos são o único instrumento do povo para reduzir
o spread bancário e os juros reais, coisas com as quais Fraga não se preocupa.
O Brasil já conhece Armínio Fraga. Ele foi presidente do Banco
Central, e sua primeira medida foi elevar os juros para 45%.
Armínio Fraga foi um dos braços direitos de George Soros,
apelidado de o "destruidor de países".
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