Desde que deixou o Senado Federal, em 2010, Marina Silva se tornou
uma bem-sucedida empresária. Em 2011, logo depois de ficar sem mandato
parlamentar, ela abriu uma empresa, a M. O. M. da S. V. de Lima, que tem
suas iniciais e comercializa suas palestras.
Desde
então, Marina ganhou R$ 1,6 milhão de clientes que pagaram para ouvi-la. No
entanto, a ex-senadora, que concorre à presidência da República pelo Partido
Socialista Brasileiro, decidiu omitir a identidade de seus clientes, alegando
que os contratos possuem cláusulas de confidencialidade.
A
revelação sobre a empresa de Marina foi feita em reportagem dos jornalistas
Aguirre Talento e Fernanda Odilla, da Folha de S. Paulo (leia aqui).
Ouvida, Marina alega ter assinado 65 contratos de palestras, desde que deixou
de ser senadora. Mas não demonstrou intenção de revelar os nomes de seus
financiadores pessoais.
Embora
não tenha divulgado os nomes de seus clientes, Marina Silva montou sua empresa
ao lado do Instituto Marina Silva, que digitaliza seu acervo e tem como doadora
a empresária Neca Setúbal, herdeira do Itaú e coordenadora de seu programa de
governo.
Influente
sobre modos e atitudes de Marina, incluindo o ato de colocar ou não os óculos
no debate da Band, Neca já concedeu uma entrevista em que anunciou medidas de
um eventual governo Marina, como a independência do Banco Central. Outro ponto
da agenda do Itaú para o País é a redução do papel de bancos públicos, como
Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES, na economia. Neca Setúbal tem também
indicado nomes de operadores de mercado, como André Lara Resende, para um
eventual governo Marina.
Numa
entrevista concedida neste fim de semana, o senador Roberto Requião (PMDB-PR),
que concorre ao governo do Paraná, se disse amigo de Marina Silva, mas afirmou
ser impossível votar nela. "Para quê? Para entregar tudo ao Itaú?"
A
revelação sobre a empresa de Marina é o segundo problema que ele enfrenta,
desde que despontou na frente das simulações de segundo turno na eleição
presidencial. Ontem, Marina recuou e desfez seu programa de governo, no tocante
aos direitos dos homossexuais, depois de receber um ultimato do pastor
evangélico Silas Malafaia (leia mais aqui).
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