O Índice de Confiança do Consumidor
(ICC) recuou 3,3% de abril para maio, ao passar de 106,3 para 102,8 pontos, o
menor nível desde abril de 2009 (99,7). O indicador foi divulgado hoje (23)
pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).
Com o resultado, o índice manteve-se abaixo da média histórica, de 116,4
pontos, pelo 16º mês consecutivo.
Segundo a avaliação da FGV, os
consumidores “continuam pouco satisfeitos com a situação atual e pessimistas em
relação aos rumos da economia nos próximos meses”. O Índice da Situação Atual
(ISA), por exemplo, chegou a cair 3,9%, para 107,2 pontos, o menor desde maio de
2009 (103,0). Já o Índice de Expectativas (IE) recuou pelo sexto mês seguido,
caindo 2,9%, para 100,6 pontos – também o mais baixo desde março de 2009
(97,6).
A FGV também constatou recuo de 3,8%
no indicador que mede o grau de satisfação dos consumidores com a situação
financeira pessoal, que com a queda passou de 109,3 para 105,1 pontos – o menor
nível desde agosto de 2009 (104,9). A proporção de consumidores que avaliam a
situação como boa diminuiu de 22,5% para 19,2%, enquanto a dos que a julgam
ruim aumentou de 13,2% para 14,1%.
Os economistas da FGV ressaltaram o
fato de que a preocupação dos consumidores com o orçamento doméstico parece se
estender para os próximos meses. “O indicador que mede o grau de otimismo em
relação à situação financeira familiar foi o quesito que mais influenciou a
queda do ICC no mês”, informa a nota.
Ao cair 3,4%, para 124,7 pontos, o
indicador atinge o menor nível desde fevereiro de 2010 (124). A parcela de
consumidores projetando melhora caiu de 35,6% para 32,0%; a dos que preveem
piora subiu de 6,5% para 7,3%.
A Sondagem de Expectativas do
Consumidor é feita com base numa amostra de aproximadamente 2 mil domicílios em
sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a edição de
maio de 2014 foi feita entre os dias 2 e 20 de maio. A próxima divulgação de
resultados da Sondagem do Consumidor ocorrerá em 26 de junho de 2014.
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