A
permanência da Força Nacional de Segurança Pública no Maranhão foi prorrogada
até o dia 30 de abril. De acordo com a portaria do Ministério da Justiça,
publicada nesta quarta-feira (9), no Diário Oficial da União, a prorrogação tem
como objetivo manter o apoio aos órgãos federais durante cumprimento de
determinação judicial de retirada de famílias que ocupam terras indígenas
Awá-Guajá, na região do município de Santa Inês.
De acordo com a Funai, aproximadamente 300 famílias estavam
ocupando a reserva indígena Awá-Guajá. No início do mês de janeiro deste ano,
ocupantes da terra indígena começaram a ser notificados. A retirada das
famílias tem como objetivo conter o desmatamento na região, que segundo o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já afetou 34% do território
indígena, com perímetro de 1.700 km² (área pouco maior que o território da
cidade de São Paulo), e ameaça a proteção da etnia, considerada por organizações
ambientais como uma das mais ameaçadas.
Força
Nacional no Maranhão
Agentes da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) iniciaram
suas atividades nas instalações do Complexo Penitenciário de Pedrinhas no dia
13 de outubro de 2013. No mês de março, a permanência da Força Nacional foi
prorrogada por, pelo menos, por mais 90 dias no Estado.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Administração
Penitenciária (Sejap), a Força Nacional continua atua em apoio a revistas,
rondas noturnas no Complexo Penitenciário de Pedrinhas e atendimento a
ocorrências de altas complexidades nas unidades.Também faz o treinamento de
homens do Grupo Especial de Operações Penitenciárias (Geop).
A vinda da Força Nacional de Segurança ao Maranhão ocorreu após
rebelião na Casa de Detenção do Complexo penitenciário de Pedrinhas, em São
Luís, quando nove presos foram mortos em um confronto entre facções criminosas
rivais. Na ocasião, a governadora Roseana Sarney decretou situação de
emergência no sistema penitenciário do estado.

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