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sexta-feira, 21 de março de 2014

Governo confirma ajuda federal após ataques a UPPs no Rio

BRASÍLIA - Em uma reunião de quase duas horas, a presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral acertaram o apoio de forças federais no combate aos ataques de organizações criminosas nas comunidades pacificadas do Rio. Perguntado sobre quem atuará na ajuda que o governo federal enviará ao Rio, Cabral disse que ainda está combinando os detalhes da estratégia com os ministérios da Justiça e da Defesa, sinalizando que o reforço deverá contar com homens da Força Nacional (composta por quadros das polícias civil, militar e federal) e das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).
No fim da reunião, Cabral e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disseram que não detalhariam as medidas a serem tomadas, pois, em questões de segurança pública, a estratégia precisa ser antes implementada. Na próxima segunda-feira, haverá uma nova reunião dos governos federal e estadual, mas Sérgio Cabral afirmou que não está parado. Segundo o governador, todos os policiais civis e militares estão de plantão para garantir a segurança da população neste fim de semana.
- Quem quer guerra são os marginais. Nós queremos paz nas comunidades. Quem quer guerra, quem quer conflito, quem quer atirar em policial militar covardemente são eles. A nossa polícia está muito motivada, nossa Polícia Civil tem feito grandes investigações, contado com o apoio das forças federais, feito grandes trabalhos. E este fim de semana também será de grandes trabalhos - afirmou o governador.
Cabral disse que a polícia do Rio identificou que os ataques configuram uma ação coordenada para desmoralizar a política de pacificação. Segundo ele, nas áreas das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) a taxa de homicídios foi reduzida em 65%.
- É o momento em que as UPPs estão sendo checadas, provocadas. Há uma tentativa clara de desmoralizar as UPPs, que são uma referência - disse Cabral.
O encontro do governador do Rio com Dilma aconteceu após os ataque às UPPs de Manguinhos. Pelo governo federal, além de Dilma e Cardozo, participaram da reunião o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas, general De Nardi. Cabral viajou acompanhado de seu vice, Luiz Fernando Pezão, do Secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e dos comandantes da Polícia Militar, José Luiz Castro, e a da Polícia Civil, Fernando Veloso.
Na noite da quinta-feira, um ataque de bandidos às UPPs no Complexo de Manguinhos, e nas UPPs do Parque Arará, em Benfica; e do Camarista Méier, no Lins de Vasconcelos, deixou dois policiais feridos, incluindo o comandante da UPP da região, o capitão Gabriel de Toledo, baleado na virilha. Bandidos atearam fogo nos contêineres da UPP e dois carros da PM também foram destruídos.


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