O FMI reduziu a previsão de
crescimento do Brasil em 2014 e em 2015.
O Brasil
crescerá 2,3% (a previsão anterior era de 2,5%) e 2,8% (anterior de 3,2%) em
2014 e 2015 respectivamente, segundo o "Panorama econômico mundial",
relatório divulgado nesta manhã pelo Fundo Monetário Internacional, que aponta
uma recuperação econômica mundial acima do previsto.
A economia
mundial deve crescer 3,7% este ano e 3,9% no próximo. Os Estados Unidos,
"com crescimento cada vez mais sólido", segundo o estudo, vão crescer
mais que o Brasil nesses dois anos: 2,8% em 2014 e 3% no ano que vem.
A China
mantém sua suave desaceleração, crescendo 7,5% neste ano e 7,3% no ano que vem.
Mas o FMI indica que parte do crescimento mais forte chinês ainda depende
excessivamente de investimento público em vez de consumo, e que o país precisa
conter os riscos em seu setor financeiro sem reduzir excessivamente o
crescimento, um "equilíbrio delicado", segundo o estudo.
Mas os
preços das commodities cairão. O preço do petróleo deve cair 5,2% no ano que
vem; todas as demais matérias-primas devem cair de valor em 6% este ano.
Os países da
zona do euro começam seu lento processo de recuperação, com 1% de alta do PIB
este ano e 1,4% no ano que vem. Alemanha, França, Itália e Espanha terão dois
anos melhores que 2013, assim como o Reino Unido, que crescerá 2,4% este ano.
Mas o sul da Europa continuará a ser "a área mais preocupante" da
economia mundial, de acordo com o "Panorama".
Países
emergentes terão que lidar com os riscos associados à saída de capitais rumo
aos Estados Unidos, a partir do momento em que a superpotência reduza a
impressão de moeda (colocando menos dólares no mercado) e de uma possível alta
de juros no país.
Depois de
anos de dólares chegando em grandes ondas aos emergentes, há uma seca
potencial. O relatório do Fundo sugere uma combinação de ajustes
macroeconômicos e esforços mais fortes de supervisão e regulamentação.
Economias
com fragilidades domésticas e deficits de conta corrente estarão
particularmente expostas. "Taxas de câmbio devem ser depreciadas como
resposta a deterioração de condições de financiamento externas", diz o
relatório.
Mas o Fundo
indica que os emergentes serão beneficiados pela recuperação econômica dos
países ricos
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