Fazendo
um balanço extremamente positivo sobre sua atuação à frente do Supremo Tribunal
Federal em 2013, o ministro Joaquim Barbosa afirmou a jornalistas, em Brasília,
que as prisões que ele decretou na Ação Penal 470, o chamado mensalão, quebram
"uma longa tradição" que beneficiava condenados ilustres.
"Eu acho que, em democracia, não diria que é um fato banal,
mas, desde que demonstrada a violação de normas penais, não há por que se criar
exceções para A, B ou C em função dos cargos que exercem. Essa é a novidade
deste ano, rompimento com uma tradição longa", afirmou ele, logo após
encerrar a última sessão do ano.
Foram presos por determinação de Barbosa, até agora, os
ex-deputados José Dirceu e José Genoino, do PT, Valdemar Costa Neto, do PR, e
Pedro Henry, do PP. Os três últimos reunciaram ao seus mandatos. Não há, ainda,
decreto de prisão contra o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB), que continua
livre em seu sítio no interior do Rio de Janeiro. Cobrado pelo uso de tempos
modelos diferentes para aplicar as condenações, Barbosa botou a culpa no tempo.
"Nesses próximos dias, devo soltar algumas decisões que
estavam pendentes por absoluta falta de tempo", justificou o presidente do
STF, sem tocar, no entanto, no caso cocreto de Jefferson. O ex-presidente do
PTB está condenado a sete anos de prisão em regime semiaberto. Barbosa deve
decidir se concede prisão domiciliar definitiva para Genoino, que está
temporariamente na casa de uma das filhas, em Brasília, e se manda prender
Jefferson, delator do esquema.
Sorridente e simpático hoje, Barbosa, em alta nas pesquisas de
opinião pública, não parece ter pressa.
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