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terça-feira, 15 de julho de 2014

Delegado põe presos para reformar delegacia em Buriticupu


A Delegacia de Polícia Civil de Cururupu precisava de uma reforma e, diante dessa necessidade, o delegado Carlos Renato, decidiu realizar as melhorias emergenciais como capina, pintura, serviços hidráulicos e retelhamento, com os próprios detentos da delegacia.
Segundo o delegado, primeiro foi feita uma triagem com todos os presos de bom comportamento, e após essa triagem foi constatado que entre os presos havia um considerável número de construtores civis. “Primeiro realizei a triagem, percebi que existem na carceragem, pedreiros, pintor, carpinteiros e muitos auxiliares. Depois da triagem, sugeri aos detentos que realizassem o trabalho de forma voluntária e eles aceitaram,” assegurou o delegado.
Ainda segundo o delegado Carlos Renato, informar ao juiz da Comarca de Cururupu a intenção da realização do trabalho com os apenados, no intuito de reduzir o ócio e melhorar o ambiente onde vive dezenas de pessoas apenadas como na Delegacia de Cururupu, foi o outro passo para conseguir que os presos reformassem o prédio. “O principal objetivo é levar dignidade ao detento, dar oportunidade de ser útil, dessa forma, outros detentos também vão querer participar mais pra isso precisam ter bom comportamento. Com isso ganha a carceragem com um ambiente limpo e agradável e ganha também a polícia com menos indisciplina e rebelião nas celas,” disse o delegado.
Em novembro de 2009 foi a última reforma feita na Delegacia de Polícia Civil de Cururupu. Na delegacia existem 40 presos distribuídos em quatro celas. Seis presos de bom comportamento se colocaram a disposição para a reforma da delegacia que começou na última segunda-feira (7). O trabalho iniciou-se com a capina na área externa da delegacia, a pintura dos cômodos internos e das celas, pintura da fachada e dos muros, além de uma nova fossa asséptica para acabar com o problema de esgoto escorrendo pelas ruas próximas ao DP.
“Quando o doutor Renato convocou agente, eu fui um dos primeiros a aceitar. Quero reduzir minha pena e só o fato de ficar fora da cela já valeu a pena,” disse o Edivaldo Silva, detento condenado a 12 anos de reclusão. O preso já cumpriu mais de três anos.
O Investigador Joaquim Jorge, que trabalha desde fevereiro deste ano na Delegacia de Cururupu faz a escolta dos detentos que trabalham na reforma. Ele garante a diminuição da pena e fala do trabalho como sendo um moderador de problemas. “Com o trabalho, o detento produz, ocupa a mente, e consequentemente, perdemos menos tempo com problemas na carceragem, podendo atender melhor a população, e em médio prazo vamos acabar com a superlotação nas celas,” disse Joaquim.


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