A Delegacia
de Polícia Civil de Cururupu precisava de uma reforma e, diante dessa
necessidade, o delegado Carlos Renato, decidiu realizar as melhorias
emergenciais como capina, pintura, serviços hidráulicos e retelhamento, com os
próprios detentos da delegacia.
Segundo o delegado, primeiro foi feita uma triagem com todos os
presos de bom comportamento, e após essa triagem foi constatado que entre os
presos havia um considerável número de construtores civis. “Primeiro realizei a
triagem, percebi que existem na carceragem, pedreiros, pintor, carpinteiros e
muitos auxiliares. Depois da triagem, sugeri aos detentos que realizassem o
trabalho de forma voluntária e eles aceitaram,” assegurou o delegado.
Ainda
segundo o delegado Carlos Renato, informar ao juiz da Comarca de Cururupu
a intenção da realização do trabalho com os apenados, no intuito de reduzir o
ócio e melhorar o ambiente onde vive dezenas de pessoas apenadas como na
Delegacia de Cururupu, foi o outro passo para conseguir que os presos
reformassem o prédio. “O principal objetivo é levar dignidade ao detento, dar
oportunidade de ser útil, dessa forma, outros detentos também vão querer
participar mais pra isso precisam ter bom comportamento. Com isso ganha a
carceragem com um ambiente limpo e agradável e ganha também a polícia com menos
indisciplina e rebelião nas celas,” disse o delegado.
Em novembro de 2009 foi a última reforma feita na Delegacia de
Polícia Civil de Cururupu. Na delegacia existem 40 presos distribuídos em
quatro celas. Seis presos de bom comportamento se colocaram a disposição para a
reforma da delegacia que começou na última segunda-feira (7). O trabalho
iniciou-se com a capina na área externa da delegacia, a pintura dos
cômodos internos e das celas, pintura da fachada e dos muros, além de uma nova
fossa asséptica para acabar com o problema de esgoto escorrendo pelas ruas
próximas ao DP.
“Quando o doutor Renato convocou agente, eu fui um dos primeiros
a aceitar. Quero reduzir minha pena e só o fato de ficar fora da cela já valeu
a pena,” disse o Edivaldo Silva, detento condenado a 12 anos de reclusão. O
preso já cumpriu mais de três anos.
O Investigador Joaquim Jorge, que trabalha desde fevereiro deste
ano na Delegacia de Cururupu faz a escolta dos detentos que trabalham na
reforma. Ele garante a diminuição da pena e fala do trabalho como sendo um
moderador de problemas. “Com o trabalho, o detento produz, ocupa a mente, e
consequentemente, perdemos menos tempo com problemas na carceragem, podendo
atender melhor a população, e em médio prazo vamos acabar com a superlotação
nas celas,” disse Joaquim.
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