Coordenada por Emmanuela Gakidou, do Instituto para
a Avaliação e a Métrica da Saúde da Universidade de Washington (EUA), a equipe
de pesquisadores diz ter feito a análise com base em dados recolhidos em
estudos, relatórios e na literatura científica sobre a prevalência do excesso
de peso e obesidade em 188 países entre
“Ao contrário de outros grandes riscos para a
saúde, como o tabaco e a nutrição infantil, a obesidade não está diminuindo. Os
nossos resultados mostram que os aumentos na prevalência da obesidade têm sido
substanciais, generalizados e concentrados em curto período de tempo”, alertou
Gakidou, citada em comunicado enviado pela Lancet.
Apesar da “imagem preocupante” que os números
traçam, o ritmo de crescimento da epidemia parece ter abrandado nos últimos
oito anos nos países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento, onde se
concentram 62% dos obesos do mundo, o ritmo mantém-se elevado.
As diferenças entre os países desenvolvidos e os em
desenvolvimento revelam-se também em outros fatores: no mundo desenvolvido, os
homens têm maiores taxas de obesidade do que as mulheres e nos países em
desenvolvimento ocorre o oposto.
O maior aumento nos níveis de excesso de peso e
obesidade ocorreram entre 1992 e 2002, sobretudo entre os 20 e os 40 anos.
A prevalência de excesso de peso e obesidade nas
crianças aumentou significativamente nos países desenvolvidos, de 17% em 1980
para 24% em 2013 entre os rapazes, e de 16% para 23% entre as jovens.
Nos países em desenvolvimento, o aumento passou de
8% para 13% tanto entre os rapazes quanto entre as jovens nos últimos 33 anos.
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