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sábado, 8 de março de 2014

Cresce número de mulheres que conquistam espaço profissional

As mulheres começaram a ocupar cargos que antes eram exclusivamente masculinos com a I e II Guerra Mundial. Na época elas tiveram que assumir a posição dos homens no mercado de trabalho. Atualmente, a luta por um espaço em alguns setores ainda existe devido a barreiras impostas pelo preconceito. Contudo, muitas batalhas já foram vencidas e cada vez mais a mulher ganha espaço em um cenário profissional que antes era dominado somente por homens.
Um exemplo, é a profissão de motorista de viatura da Polícia Militar do Maranhão (PMMA). Adreane Ferreira Mota, de 34 anos, conhecida na corporação militar por soldada Adreane, há mais de seis meses conduz um dos veículos do 9º Batalhão e nunca colidiu a viatura. A militar disse que quando assumiu esse posto “os companheiros de farda” chegaram a brincar dizendo que mulheres no volante é um perigo constante. Alguns militares falam que sentem mais segurança quando ela está conduzindo a viatura pelo fato de ser criteriosa e focada na direção, principalmente, durante as operações que necessitam de habilidade e muita atenção. “Hoje, você dirigir um veículo em São Luís é necessário conhecer de fato as vias da nossa cidade, porque o trânsito está complicado e se torna pior ainda no horário de pico. Já conduzir uma viatura da PM, é de suma responsabilidade, pois devemos ser ágil para chegar ao local das ocorrências”, declarou.

Antes de ser motorista da PM, a soldada trabalhava no setor administrativo. O campo de trabalho era resumido em uma pequena sala da 4º Companhia do 9º BPPMA, no Centro, onde elaborava o horário de expediente de trabalho dos outros “amigos de serviço” e dos ofícios que eram destinados ao Comando Geral da PMMA, no Calhau.

A frente da segurança

Maria Alice Costa Silva, de 28 anos trocou a saia, o salto alto e o blazer feminino por uma farda masculina. Com voz firme, Maria é guardete há sete anos em agências bancárias da capital.

Segundo ela, trabalhar na área de segurança era um sonho e quando terminou o colégio fez um curso de vigilante em uma empresa privada de segurança. Um dos primeiros locais que exerceu a função de guardete foi no Banco do Brasil, no Centro, no entanto, foi na agência bancária do João Paulo, que teve que utilizar as aulas que aprendeu durante o curso de vigilante. “O banco do João Paulo é muito visado, então, devemos estar atento o tempo todo. Além disso, em épocas de pagamento do estado é lotado e devido a isso, devemos ser bem ágil”, contou a guardete.

A noite, Maria Alice ainda está estuda em casa para fazer no final do ano as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e concorrer a uma vaga do curso de Direito. “Quero fazer direito para ser delegada de polícia e combater a criminalidade no nosso estado”, enfatizou.

Ciência das mulheres

No campo da ciência e do conhecimento também não tem sido diferente. No ano de 1963, a russa Valentina Tereshkova, de 25 anos, tornou-se a primeira astronauta mulher. Nesse momento, ela foi considerada como um ícone da luta feminina e atiçou o pensamento de muitas mulheres no mundo, inclusive, no Brasil.

Em São Luís, várias mulheres já conseguiram o seu lugar na área da ciência e nos bancos das universidades, seja pública ou privada.

Uma delas é a engenheira eletricista Catterina Dal Bianco, de 50 anos. Ela é professora de duas faculdades particulares na capital nos cursos de engenharia e administração. Catterina falou que na época da faculdade apenas duas mulheres faziam o curso de Engenharia Elétrica, na Universidade Federal do Maranhão, e quando formou, poucas desejavam exercer a função de engenheira.

Ela também comentou que agora é mais marcante a presença do sexo feminino nas salas de aulas dos cursos tecnológicos e, somente, nas turmas onde leciona 20% da turma é composta por mulheres. “Hoje, o homem não pode mais dizer que o cálculo ficou apenas para eles, pois a mulher já provou que saber calcular e administrar, principalmente, o seu tempo”, frisou a engenheira eletricista.

Lidia Flor Lima, de 34 anos, é formada em Turismo, no entanto, acabou voltando para sala de aula da universidade. Há três anos, prestou vestibular para engenharia civil em uma universidade pública da capital e está prestes a terminar o curso superior.


Para ela, sempre almejou seguir a carreira de engenheira e durante o curso a paixão foi mais aquecida devida as descobertas e o acumulo de conhecimento que vem adquirindo a cada período. “Na universidade, a gente aprende o conhecimento teórico e muitas das vezes desperta o lado pesquisador desse aluno”, declarou a universitária.

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