O Brasil registrou, em 2013, um
rombo de US$ 81,4 bilhões nas suas transações com o exterior, que incluem desde
vendas e compras de bens e produtos a prestação de serviços.
O valor é
50% maior do que no ano anterior e um recorde, equivalente a 3,66% de toda produção
nacional medida pelo PIB (Produto Interno Bruto). O resultado é o mais alto
desde 2001, quando chegou a 4,19% do PIB. Em 2012, a proporção havia sido de
2,41%.
"O
deficit foi causado fundamentalmente pelo menor superavit comercial no ano.
Para 2014, deve ocorrer uma redução do deficit, num cenário de maior
crescimento da economia mundial e com câmbio mais depreciado, o que deve
contribuir para aumentar a demanda externa e o crescimento da economia",
justificou Fernando Rocha, chefe-adjunto do Departamento Econômico.
Após
computar exportações e importações, o país registrou em 2013 um superavit de
apenas US$ 2,56 bilhões ante US$ 19,4 bilhões em 2012.
Também houve
piora na conta de serviços. O deficit anual aumentou de US$ 41,04 bilhões em
2012 para US$ 47,52 bilhões no ano passado.
Apesar da
alta do câmbio no ano passado, os gastos de brasileiros em viagens ao exterior
subiram de US$ 22,23 bilhões em 2012 para US$ 25,34 bilhões em 2013,
contribuindo para essa elevação.
Na outra
ponta, as despesas de turistas estrangeiros no Brasil permaneceram praticamente
estáveis. Em 2012, eles deixaram aqui US$ 6,64 bilhões e, no ano seguinte, US$
6,71 bilhões.
As despesas
com juros e as remessas de lucros e dividendos das subsidiárias estrangeiras
que operam no Brasil também cresceram em 2013: US$ 24,11 bilhões para US$ 26,04
bilhões.
Em dezembro
especificamente, o deficit nas transações correntes foi de US$ 8,68 bilhões.
Para 2014, o
BC projeta um déficit de US$ 78 bilhões em transações correntes, equivalente a
3,53% do PIB.
Investimento
estrangeiro no ano foi de US$ 64,05 bilhões. Em dezembro, os investimentos
somaram US$ 6,5 bilhões.
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