Venceu nesta terça-feira
o prazo de três dias concedido pelo procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, para que o governo do Maranhão desse explicações sobre o caos que se
estabeleceu no sistema prisional do Estado, em especial no Complexo Penitenciário
de Pedrinhas, em São Luís. As informações requisitadas pelo chefe do Ministério
Público Federal não vieram.
A governadora Roseana
Sarney e sua equipe alegam que precisarão de pelo menos duas semanas para
preparar a resposta. Em nota, o governo maranhense informou que “apresentará
levantamento completo das obras e ações realizadas na área da Justiça e
administração penitenciária ao CNMP [órgão presidido por Janot] e CNJ
[presidido por Joaquim Barbosa] nos próximos 15 dias.”
Repetindo: Roseana
Sarney pede 15 dias para tentar esclarecer por que sua autoridade foi revogada
no pedaço do mapa da capital maranhense onde está assentado o cadeião de
Pedrinhas. O problema é que os dias no presídio maranhense são contados em
cadáveres. Desde janeiro, foram executados 59 presos, sete deles apenas na
última semana.
A
realidade demonstra que, no interior de Pedrinhas, mandam os chefes das facções
criminosas, não a governadora. Conforme noticiado aqui, chegou-se a um ponto em que os chefões do
crime organizado obrigam presos a cederem suas mulheres e irmãs para serem
estupradas por eles. Do contrário, morrem.
O procurador-geral
cogita requerer ao STF a intervenção federal no Estado de Roseana. Não se sabe,
por ora, se ele dará à governadora o prazo que ela quer. Suspenso desde a
véspera do Natal, o expediente da Procuradoria só será retomado nesta quinta
(26).
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